sábado, 2 de janeiro de 2010

Eu Amava


Eu amava o amor, eu amava meu homem, meu objeto do desejo.
Eu amava porque era amada.
Eu amava o sol, a chuva, o inverno, o verão.
Eu amava o céu, o mar, eu amava a terra com suas montanhas e verdes num misto de sabor e matizes de cor.
Eu amava meu amigo, meu amante, eu amava meu inimigo.
Eu amava porque era amada.
Eu amava os pássaros, os bichos, meu cachorro.
Eu amava fazer compras, dar presentes, receber também.
Eu amava sonhar, lembrar, esquecer, perdoar!
Eu amava porque era amada.
Eu amava as pessoas, qualquer pessoa, até que uma delas, a que me ensinou a amar “assim”, desertou, deixou de me amar. “Como é possível?” Me indaguei! “O amor não é eterno?” Esse não! Não por si só!
Naufraguei em águas profundas; numa escuridão sem nada enxergar, sem nada para amar. “Estou cega?” Pensei, “a penumbra cobriu o ar? A luz verteu-se em trevas?”.
Não amava porque não era amada!
Perdi contato comigo mesma, procurei a morte, encontrei a vida, conheci o amor, o verdadeiro. O amor que é maior que o próprio significado. Genuíno, contagiante, fiel por excelência, encontrei Jesus. Homem que deu sua vida por amor de mim.
Hoje sei, o amor é doação, não um ego em ebulição.

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