segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Ciúmes


Ciúme é uma palavra banalizada em minha opinião, porque na verdade ele tem fundo nobre, e muitos desavisados, sem clareza de visão, não enxergam e se envolvem insuficientemente em uma relação confundindo amor com egoísmo e por que não, Narcizismo. Sendo seu significado: receio de se perder um amor; ninguém pode ter esse tipo de sentimento por quem não se convive. Temos ciúmes de pais, irmãos, amigos, e principalmente da cara metade. No entanto, muitos alegam conhecer seus propósitos, mas vamos combinar que isso não vem a ser uma verdade! Ela tem um patamar ao qual, ultrapassado, é doença, pois foge à realidade. Nenhum de nós tem o direito de subjugar o outro por seu bel prazer.
Um dia, numa pregação, ouvi do pastor, “Sabe irmãos, o Espírito Santo nos ama tanto que Ele tem ciúmes de nós”, senti um arrepio que me entorpeceu de alegria, me embriaguei no
Espírito, fui banhada por glória naquele momento. Conheci e entendi o verdadeiro sentido que leva com ela e declarei: “sinta sim, sinta bastante ciúmes de mim, o Senhor tem esse direito, me queira só para Ti, seja egoísta, queira meu amor exclusivo. O Senhor pode, o Senhor merece”!
Em nossa caminhada devemos amar a Deus acima de tudo e todos, e, ao próximo como a nós mesmos; dividindo então com esses, atenção e favores; mas, meus irmãos, a Ele toda glória, honra e louvor, tem que sair na frente. Amados sigam meu raciocínio, Ele nos desenhou, um a um, uma obra prima, nada mais nada menos que a Sua imagem e semelhança, nos fez nascer de pais que nos amam, uma vez aqui nos toca, unge, abençoa. Se vazios, enche-nos com Sua glória e poder; cura; liberta e antes de tudo, salva! É o nome além de todo nome. Ele é egoísta sim, com certeza e quer tratar dos interesses Dele mesmo, e qual é? Somos nós! Deus nos criou e nos quer de volta. É para adorá-Lo que fomos feitos carne, que seja egocêntrico, e Ele realmente o é, é o centro, a fonte, de onde extraímos água viva e a abundância. Seu ciúme é a nobreza personificada, mesmo sendo traído, perdoou e continua a fazê-lo nos dias de hoje.
Vem comigo, você, é você que lê essa crônica. Coloque sua mão em seu coração, feche os olhos e em um minuto de silêncio sinta seu pulsar, sinta o sangue correr em suas veias, Ele irá com você nessa viagem de conhecimento e vida, vida essa que Ele lhe proporcionou e quer de volta para seu próprio beneficio. E agora! Me diga! Ele não tem mesmo o direito de sentir ciúmes de você?

sábado, 27 de novembro de 2010

Atração Fatal



A curiosidade é uma coisa fantástica Concorda? É através dela que descobre-se e explica-se muitas, se não a maioria, das reações de nossas vidas e atividades desse nosso planeta maravilhoso.
Um desses fenômenos, se me dão licença, “fenomenais” é a força da gravidade que é: uma força que faz com que todos os corpos sejam atraídos para a terra, o que garante que você não saia “voando” por aí. Sensacional!
E isso nos foi explicado mais a fundo graças a um físico chamado Isaac Newton que ficava jogando as coisas para cima para ver o tempo de caída de cada objeto, chamando-a “Lei da Gravidade” e com seus estudos nos ensinou que essa força vem do centro da terra nos atraindo a si em segurança, grudados ao chão.
Pois então meus queridos leitores, isso tudo foi falado para deixar vocês a par de que também Deus nos quer grudados a Si. Ele é a própria lei gravitacional, o centro onde devemos nos firmar. Sem a força da gravidade flutuaríamos sem chão, perdidos, ao leu. Com o nosso Deus não é diferente, Ele nos mantém em segurança e com perspectiva, sem Ele estaríamos fadados à perdição, à danação eterna. Tanto a força física como a espiritual nos assegura e dá visão de futuro, no corpo e na alma respectivamente. A primeira, já por ordem divina, nos dá por si só essa estabilidade, no entanto a segunda, admito, é escolha nossa, é livre arbítrio, e olha, é tudo verdade, mas, apenas se fará valer em nosso espírito se nos deixarmos atrair pelo núcleo da vida e já sabemos que Ele é egocêntrico. Por ser soberano, Ele pode, Ele pode tudo, e Ele quer, quer nos atrair como um ímã puxa os objetos para seu redor, Deus tem esse poder e mesmo sendo Sua criatura contrária; ele nunca nos repele, Sempre ficará no grau de alcance. O magnetismo Dele vai além de fórmulas e segredos. Ferros como nós jamais entenderá, físico nenhum desvendará. Não se pode captar amor de tamanha proporção sem o Espírito de Deus. É infinito!
E assim deixo acertado com vocês, quando se sentirem levados, puxados por esse amor, não lutem contra, se entreguem, deixem-se guiar para essa direção, para esse centro de gravidade espiritual, pois Ele fatalmente quer atraí-los a Si.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Carta de Amor


Receber carta de amor é bom, né!? Quem não gosta! Ela pode ser do marido, da esposa namorado, irmão, pai ou de amigos, qualquer pessoa que demonstra ter carinho por nós numa carta, é amor!!! E diversas situações nos permitem exprimir esse afeto; a saudade de quem está longe; um recado, uma reconciliação. A verdade é, nem sempre se está perto ou se pode estar perto para declarar seus sentimentos de amor ou até mesmo de consideração por alguém. Acho que dá para notar, ou melhor, acho que todos temos consciência de que não se expressa em folhas ou e-mail, meio mais comum nos dias de hoje, considerações, nem se derrama em demonstração de amor a desconhecidos e muito menos a desafetos. Isso é impensável e foge às regras para nós, seres humanos cheios de restrições e egocentrismo. No entanto, ah ! Meu Deus! É; Ele mesmo, Deus. Sem nenhuma das peculiaridades ditas aqui, nos escreveu, sim, escreveu; mesmo sendo quem é; não uma, mas a maior “carta de amor” já escrita nessa terra. Através de mãos humanas, Seu Espírito se dispôs até aqui para nos deixar, gravado, em verdade, o maior desprendimento já visto por nós, criaturas mortais. Deixou de lado, ignorou nossos pecados e transgressões, e, com misericórdia, revelou, se abriu, ao longo de séculos nessa “enorme” carta, Seu infinito amor por nós!Não se tem notícia de um amor maior, e nem perto de ser igual. Ali, Ele nos ensina, aprimora, dá exemplos e Se rasga em amor por toda a humanidade. Logo um povo que não sabe agradecer nem entender tantas bênçãos recebidas. Mas, não, Ele não titubeou; tanto que deu Seu próprio filho para todo àquele que Nele crer, não pereça, mas tenha vida eterna. E discorreu toda essa história ali, como prova, só para nos salvar! Essas folhas; ensaia o que pode ser nossa trajetória em vida, vida essa que Ele quer estender ao longo de toda a eternidade em gloria com Ele, basta ler e crer!!! Oh! Pai e Senhor nosso, nós a recebemos sim, é a maior tiragem de todos os tempos; muitos a receberam, e muitos ainda a recebem, no entanto, com desdém, dizem, “não conheço o remetente”; se quer a abrem, desconhecendo seu conteúdo divino. Porém, os que a abrem, descobrem o tamanho, a imensidão do amor descrito nela. Esses, Pai, que somos nós, o Teu povo, agradecemos, de coração, essa carta chamada “bíblia”,e como o Senhor designou, é com ela que alcançaremos a vitória e o nosso lugar no céu dos céus. E prometo Senhor, vamos continuar enviado-a a toda criatura, pois sabemos que só através dela seguiremos “A Caminho de Ti.”

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

DNA


DNA é uma substância envolvida na transmissão de caracteres hereditários, das quais trás consigo qualidades físicas ou morais de alguém aos seus descendentes. Na verdade essa sigla é bem conhecida do grande público por ser usada na identificação de indivíduos e em confirmação de paternidade. Já literalmente familiarizados com ela, por seu significado nos mostrar nossa linhagem e afirmar que não somos seres aleatórios e sim parte de um ditado popular “sangue do meu sangue”, essa herança genética nos é apresentada ao nascer pelo nosso corpo e alma que são respectivamente nossa matéria e personalidade. Agora quero entrar na terceira parte de nós, o espírito. O que seria, então, o nosso “DNA” espiritual!! Se com os dois primeiros dotes trazemos particularidades de nossa parentela, o espírito também precisa ser identificado. Qual é, portanto, nosso “DNA espiritual??” Meus amigos leitores, se o DNA terreno nos é importante, instala nossa origem; calculem o eterno que nos regala à eternidade. E diferentemente da do primeiro, no segundo temos escolha, o nosso criador deixa em aberto, Ele abre um parêntese em nossa história, nós é que vamos instituir em nós mesmos esse bem, chamo benfeitoria porque Deus nos criou e nos quer de volta, mas, claro, livre arbítrio; ou estabelecemos O Seu ou de Seu inimigo, não existe meio termo como dizem por aí; lembrem-se, não somos seres aleatórios, que nascemos do nada e vamos para o mais nada ainda, temos propósitos, e uma vez inserido em nós o “DNA espiritual”, não tem volta, a partir do momento que o Senhor soprou em nós a vida, ela jamais sumirá, ela não se evapora, ou se vive com Ele ou sem Ele eternamente. Não é revogável, o primeiro recebemos ao nascer, o segundo que também é irrevogável, ao morremos. Não existe um lugar para indecisos. Registre, marque em si mesmo o DNA de Deus, ele é simples, fácil, e de graça. Ele é o caminho, Ele é a verdade, Ele é a vida, Ele é o nosso DNA espiritual, Ele é JESUS.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Crack


Existem vários craques no Brasil e no mundo. São craques do tênis, vôlei, basquete e principalmente os mais falados; os do futebol. Tem também os craques da vida; pessoas lutadoras, que vencem na raça, se esforçam pelos seus ideais, trazendo melhorias às famílias, e não digo só financeira, resultado de tudo isso; na batalha por um lugar ao sol vêm benefícios de todos os lados.
Os craques do esporte alcançam sempre muito mais que dinheiro e fama, têm que manter o corpo e o bem estar emocional saudáveis, e quanto mais bem elaborado seu trabalho avançam para uma escala maior, até internacional; conhecemos e admiramos muitos casos vitoriosos. Essa é a vantagem de “ser” um craque.
Como deu para notar, no título dessa crônica a palavra em evidência está escrita diferente da que já foi falada até agora; no entanto é com pesar que entro no assunto da palavra título; “crack”. Palavras de mesma pronúncia, gramática e ações tão distintas. Diferentemente do primeiro “craque” comentado aqui, o segundo “crack” é uma, literalmente droga, ruim até quando lamentamos um fato, “que droga!” É, mas ela é pior que isso; é arrasador os malefícios que essa pedra feita da mistura de cocaína e bicarbonato de sódio trás, geralmente fumada é uma forma impura da cocaína que já é, por si só, muito nociva para um ser humano. Calcule, portanto, você prezado leitor o tamanho da defasassem causada a jovens, crianças e se lá mais quantos usuários espalhados por aí afora. Esquinas, becos, ruas, avenidas, às escondidas ou não. Cidades grandes, pequenas, ricos e pobres, esse veneno tem infectado nossa juventude, que pelo andar da carruagem, nem chegarão a ficar adultos ou se chegarem; de que forma?! Embevecidos, arrebatados para um mundo secular, onde nem eles mesmos coordenam?! É espantoso meus amigos, como pode uma geração se entregar por tão pouco. Fuga? Medo? Fraqueza? Ou um “barato”? Aí se tornam dependentes e suas vidas mudam de figura.
O que dizer dos fornecedores?!! Ratos de porão que à surdina vão roubando , afanando, destruindo a longo prazo vidas de inocentes e de pobres coitados sem noção nenhuma de onde estão entrando ou onde vão chegar. Com essa atitude covarde, essas criaturas desprezíveis destroem sonhos e ceifam famílias. Tudo isso por não terem a dignidade do homem, o trabalho; assim se refugiam escravizando até tirar dali a última gota, ultrajando a essência de um ser feito para o bem.
A minha, a sua ou a indignidade de todos nós não adianta, é preciso agir, e isso começa em casa. Sondem, cheguem perto, amem seus filhos, só assim a chance de reação se dará. Não prefira que seu filho tenha um “crack”, mas sim que ele seja um “craque”.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Uma fazenda de Chita


Dona Benê era uma senhora distinta, esposa fiel, mãe presente, dona de casa empenhada. Trazia tudo sob controle. Ótima cozinheira; sua cozinha era um brinco, enfeitada. Pingüim em cima da geladeira, eletrodomésticos com vestes. Hábito, década de 50. Época da páscoa. Religiosa, queria ir à igreja no domingo com seus 7 filhos nos “trinques”, vestidos com elegância. Foi à loja de tecidos e pediu várias fazendas de panos bons para calças, bermudas, camisas, vestido. No acerto de contas se lembrou que precisava vestir sua nova tábua de passar roupas. Pediu uma fazenda de chita, pano barato de algodão estampado. No caso, azul e amarelo. Ao fechar a conta notou uma senhora simples a olhar a chita em suas mãos, “acho que apreciou o tecido”, pensou D. Benê saindo da loja. Duas semanas depois a fiel esposa, mãe devotada vai celebrar a ressurreição de Cristo com toda a tropa. Entra na igreja, Matriz, enche um banco! Minutos antes de começar a cerimônia, entra uma senhora e seu marido que chamou atenção de todos. Sentaram no banco da frente, e também o encheu com 7 meninas, todas impecáveis, rigorosas e igualmente vestidas, inclusive o vestido da mãe e a camisa do pai, com roupas do mesmo pano, chita azul e amarelo. Não tinha como não olhar, era suigêneres. Ou se vê agora ou não terá outra oportunidade. Ao observar a cena que tantos admiravam, D. Benê reconheceu a mãe das garotas e o tecido. Era o próprio, o mesmo ao qual havia vestido a tábua de passar roupas. Provavelmente pelo preço, comprou a peça toda. “Sabe que ficou simpático!” pensou ela. Ao final, como uma família de patinhos que seguem a pata mãe, todos iguais, em uma fila, sem o patinho feio, claro, foram embora seguindo seus genitores. Uma atrás da outra. Lindo de se ver pela elegância e postura da bela e diferente família que formavam.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Um dia de Domingo


Sete horas da manhã. Meus pais me acordam e a todos os meus irmãos. É domingo, dia de piquenique, passeio, descontração. Família reunida, felicidade. Guloseimas, brinquedos, e todos no carro a caminho. Comemoração. Passei de ano, satisfação. Xadrez com meu pai, damas com minha mãe. Beijos, carinho, comida farta. Muita alegria, diversão. Roda gigante, carrinho bate-bate. Fomos ao parque. Quanta emoção. Pescaria, num pesqueiro, peixes reais. Um e outro, um a um devolviam, comoção, preservação. Amigos, gente nova, time de futebol. Gols, gritaria. Sem palavrão. Não se esqueçam, confraternização. Sol apino, descanso, hidratação. Troca de idéias. Meu pai, meu amigão. E então, troquei figurinhas com meus irmãos. Essa é minha família, meu orgulho. Que sensação! Que este dia não acabe não! Horas animadas. A tarde cai. Opa! O ônibus freia. Do subúrbio para a cidade. Zezinho desce, vai para o semáforo, vestido de palhaço, com “malabares” nas mãos. Verde, amarelo, vermelho. Era tudo ilusão. Um dia como “aquele” não é para mim não. Mas se pudesse escolher, ele seria o meu “dia de domingo”.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

PAI


Eu já escrevi sobre o “Dia dos Pais” algumas vezes. Já falei do meu pai, do pai do meu pai, do meu marido como pai, do pai de todo mundo, e também do Deus Pai. Agora vou falar só de “Pai”, do meu pai.
O meu pai se foi cedo, eu ainda era jovenzinha. Ele era engraçado, gostava de nos fazer rir, chorar também, não por querer; acho que ele não foi preparado para ser “Pai”!!! Ele era um menino “adulto”, sem estrutura para tanto. Mesmo assim, o meu “Pai”. Soltava rojão e fazia festa quando cada um de nós nascia, e já pensava no próximo! Ao todo, 12 filhos, noves fora, sobraram 8. Minha mãe, com leucemia, morreu aos 29 anos, um dia após o nascimento da última, eu tinha apenas 5. Ele pirou. Se trancou num quarto e chorou por 3 dias. Mas ainda assim ele era o meu “Pai”. “E agora?” Se perguntou. Casou-se 8 meses depois. Lutou pela vida tendo mais 2 filhos. Era seu modo de dizer: “estou vivo”. Não tinha como “evitar”; vicio, ou tempos de se provar masculinidade; não sei! Ele nem teve culpa, levou a sério “crescei-vos e multiplicai-vos”, é, sei, meio sem responsabilidade, mas ele era o meu “Pai”. Espirituoso, tinha trejeitos de imitador. Alimentava-nos, vestia-nos, embora não cuidava de si mesmo. A vida lhe era estranha, para mim, um peixe que pulou fora d’água. Gente! Ele era o meu “Pai!”
Ao não se cuidar, parecia que andava numa corda bamba, por franqueza ou despreparo, também não sei, ficou seriamente doente. Debilitado, cuidou de nós, todos, aos trancos e barrancos. Queria ardentemente o nosso bem, mas não tinha forças para reagir. Tivemos sim época de vacas gordas, no entanto elas emagreceram de tal forma que nem davam para o abate. Então, pouco antes dele ir-se fomos aprendendo a cuidar de nós mesmos. Ele era inteligente, esperto, mas um pouco de sua vontade foi-se com minha mãe. Ele a amava, e também amava a segunda esposa, na verdade tinha que amar mais a si mesmo para enfrentar uma vida, ou melhor, a vida, ela não dá trégua e acontece mesmo sem consentirmos. Mas ele era o meu “Pai”. Nunca me contou historinhas ou me colocou para dormir, pois sim, eram tantos! Mas descascava uma laranja como ninguém; chupava manga sentado no chão comigo! Era uma criança que esqueceu ou não foi avisado da importância de se trazer uma alma para a terra.
Meu “Pai” não foi meu herói, mas também não foi meu bandido, foi sim um homem, o homem que Deus usou para me dar vida, vida essa a qual agora tenho em abundância. Obrigada pai por ter tido tantos filhos e me dado a chance de viver, te agradeço por estar aqui hoje e poder falar ao mundo do homem cujo codinome era “Telinho”, o meu “Pai”.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Nascer de Novo


Se só se vive uma vez, então porque sempre ouvimos: “É, pra você melhorar, só nascendo de novo”! É realmente curioso.
“Manuel é um menino levado, fulano de tal é um criminoso, bandido; aquele ali não presta”, e lá vem o mesmo ditado.
O espiritismo professa a fé em vidas passadas e futuras.
Pensando assim talvez se tenha chance de melhorar, mas infelizmente não é. Só se vive uma vez mesmo. Nada de voltar como sapo, cachorro, recomeçar o processo até se progredir. Isso é balela, devemos respeito a qualquer “religião” ou credo, mas tenho como provar minha teoria, Jesus explicou: “Eu afirmo ao senhor”, disse a Nicodemos, o fariseu, “que ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”. “Como pode um velho voltar ao ventre da mãe outra vez?” Pergunta o fariseu. Jesus responde: “É nascendo da água e do espírito. Batismo. O homem nasce fisicamente de pais humanos, mas espiritualmente do Espírito de Deus. Só assim verá a glória de Deus”.
Essa é uma metáfora das mais fundamentais para o entender do homem, muitas delas deveriam ser explicadas para que não se confunda o suco de uva com o vinho, ambos têm a mesma cor, mas distintos sabores e efeitos.
Procure, pesquise, para os ditos populares sempre terá um “livro” que irá te ajudar a entendê-los.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Jabulani


Milhões de espectadores e telespectadores aguardam o início da partida. Ela, lá no centro, do campo e das atenções. Os jogadores, tanto de um como do outro time alongam, se esticam, dão pulinhos para se colocarem em plena forma para, então, começarem o festival de chutes e dribles com ela, a Jabulani. O som do apito e o esticar do braço do árbitro indica o começo do jogo.
Era a estréia da COPA do Mundo de 2010, África do Sul. O país cede é o primeiro a estufar a rede, e daí por diante, uma sucessão de jogos que é o delírio mundial. E nessa união de povos que é uma verdadeira celebração do esporte, essa em particular, teve um show à parte, ela própria, a Jabulani, a “Bola da vez”. De várias cores, 11 no total; com design africano, e nomes das equipes de cada jogo. Ficava num ponto estratégico na entrada dos jogadores, assim o juiz se apoderava dela e a levava ao centro de tudo.
Jabulani que significa literalmente celebrar, foi o que fez, ajudou muitos a celebrarem, uns rirem, outros chorarem. Mas não foi só de alegria ou tristeza não, uns até, pasmem, por desespero!!! Segundo eles, ela tem vontade própria, ou é sobrenatural, sei lá!!! Miravam de um lado, ela ia para o outro; para frente, ela subiiiiiiiiiiiiiiiiiiia!!! E aí vem o efeito que denominei, “Jabulaaaaaaaaaaaaaaaniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii”! Parecia que ia levantar vôo. E os atacantes entravam em pânico! E bola vai, bola vem, jogo vai, jogo vem. Não tinha acordo, não com ela, por teimosia ou capricho, ganhava quem melhor se dava com ela. Tinham que saber lidar, amaciar, fazer carinho talvez, se enfurecesse e davam um chutão, lá ia ela pelos ares, sem nem mesmo chegar perto do intuito, da direção desejada. Ah! Jabulani; acho que nunca te esqueceremos, será; o antes, e o depois de você, com certeza todos daremos nomes às suas sucessoras. O que na verdade foi fantástico, nessa Copa tiveram shows e shows; na arquibancada, as vuvuzelas com seu barulho ensurdecedor, danças, torcidas organizadas, parecia até desafio, uma mais bonita e caracterizada que a outra, verdadeiramente uma festa, mas nada tão falada quanto ela, a redondinha, dava o que falar! Deram-lhe apelidos, como patricinha, bola de feira, por alegarem que quem a fizera nunca havia jogado futebol, mas para nós espectadores e telespectadores; foi o máximo; nos divertimos e participamos dessa grande celebração e torcemos, até não podermos mais, pois nosso time saiuuuuuuuuuuu!!! Mas não importava, enxugamos as lágrimas e assistimos a tudo, até o final. O meu e o desejo do Brasil inteiro, tenho certeza, é que façamos, também, uma Copa em 2014 de tão grande proporção e alegria como esta.
Parabéns, África do Sul, vocês foram 10, parabéns “Jo’bulani” , seu nome e contornos dourados em homenagem na Joanesburgo apelidada “City of Gold” (cidade de ouro), palco da última partida.
A Espanha que com sua campanha levou a melhor, a Copa e de lambuja vai ser sempre lembrada pela primeira bola que foi uma verdadeira “Celebração”, a “Jabulani.

terça-feira, 27 de julho de 2010

O Melhor está por vir!


Uma menina, uma moça, uma mulher como num sonho se vê caminhando numa rua reluzente envolta de campos verdejantes com lírios que balouçavam suavemente. À sua volta uma multidão que como ela caminhava sem pressa; sem entender bem o que estava acontecendo, ela anda de costas, de frente, de lado admirando tudo e todos; olha para cima, olha para baixo, e também dos lados; pessoas brancas, negras, pardas; vermelhas ou amarelas, não importava, eram todos como irmãos. Ela andava e andava.
Num dado momento avistou um portal, enorme! Pedras preciosas o adornavam como jóias. Adentrando, ela o contemplava espantada com sua beleza e imponência, na sua ingenuidade queria parar, ver; era lindo! Mas tinha que continuar! E caminhou, e caminhou e então entendeu; as ruas eram de ouro! “Onde estou?” Pensou! O ar que era de uma pureza irresistível permitiu-a fluir. Borboletas que brilhavam como rubis, diamantes, esmeraldas pincelavam-na pousando em seus braços com carinho e agrado; beija flores furta cores, com seus maravilhosos vôos tremulavam suas asas beijavam-na qual uma flor, tão doce era. Encantada, ela ainda caminhava, seu andar era tão leve que saltitava, seus olhos alegres exprimiam seu sorriso tamanha era a felicidade.
Na caminhada viu que a estrada era longa, mas se sentia muito bem! Era tão bem que o próprio amor não explicaria! “Quem serão essas pessoas!” Pensou e logo perguntou: “para onde estamos indo?” No entanto, assustada cobriu a boca com as mãos, de seus lábios nem uma palavra, mas música fluía dali. Olhou para as pessoas ao seu redor e de novo falou: “há quanto tempo estamos aqui?” Todos a olharam encantados e distribuindo sorrisos, a música se manifestara outra vez como a um instrumento afinadíssimo; as palavras que pensara pronunciar eram só em sua mente, o som, de seu Espírito! O tempo já não importava; os dias não eram mais contados.
Na ansiedade de chegar à luz que via ao longe, saltitava como a um anjo quando quer voar. Lei e ordem eram palavras chaves, tudo a seu tempo. E realmente era tudo perfeito e feliz. E ela! Caminhava, caminhava! Era chegada sua hora! Seu semblante em harmonia e em paz com seu “corpo” regozijava de emoção. Pacificamente se colocou na primeira fila, um Ser de natureza brilhante pegou em suas mãos delicadamente e a conduziu até a luz que ofuscava seus olhos, e Ele a alumiou, e Dele resplandecia glória, então Ele a chamou; “Francisca, minha filhinha querida”, e ela “Papai”. Foi um longo abraço! Olhando-a de frente, Deus enxugou-lhe uma lágrima e disse: “não chores mais, preparei para ti uma morada; conduza-se aos louvores, logo será servido o banquete, você ceiará comigo e Eu com você!”
Ela então, cantarolando e esquentando a voz, tomou seu lugar de honra.
Foi assim, com júbilo e ao som de trombetas que nossa irmã entrou no céu!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Ô Trem bão sô!


Eram mais ou menos 2 horas da madrugada, eu rolava de um lado para o outro sem conseguir dormir. De repente ouvi um barulho continuo; levantei minha cabeça para identificar; era um trem, dava para escutar ao longe seu desenrolar nos trilhos “tataca-tataca”, fiquei por uns instantes curtindo o som e junto com a locomotiva viajei.
Norte de Minas Gerais, uma cidade quente “pra danar”, eu, ao longo da minha infância e dos meus, igualmente longos, loiros cabelos ficava lá, no alto de uma colina a admirar os vagões cheios de minérios, pretos como o carvão, brilhantes como diamantes. E era esse mesmo o barulho, “tataca-tataca”, que não parava mais, dava até sono; acreditem, eram horas a correr pelos trilhos e ativar minha mente, “para onde vão”!
Aquela cidade era pequenina, mas agitada! Por lá passa o Rio Doce, rio grande em tamanho e importância para a região. As feiras de agropecuária e rodeios lotavam o município. Nos 10 anos que ali estive, vivi histórias interessantes, mas também de arrepiar os cabelos.
Conselheiro Pena é o nome dela, ali conheci a vida e seu oposto, a morte. Da minha mãe quando eu tinha apenas 5 anos; dali para frente, amigos pequenos, amigos adultos. Assassinatos, afogamentos; disputas por terras, acidentes. Lembram do Rio famoso que citei? Uma família inteira se foi lá, caíram da ponte com carro e tudo; um jovem que trazia alegria para a galerinha com balas e doces, que ironia se afogou, logo nele que deveria ser Doce como o nome. Mas ele sabia ser bom, dava bastante peixes, meu pai antes de adoecer e esquecer da vida e dos filhos nos levava às suas margens.
Um dia vi um tumulto na rua, corri até o acontecimento, estavam linchando um coitado, sei lá porque, mas acho que morreu, também! Aprendi a andar de bicicleta, dizem que nunca se esquece né? É verdade! Fui dama de honra do segundo casamento de meu pai, 8 meses depois que a primeira se foi!!! Hã, minha mãe por sinal!! Aceitei!!! Ah! Fui seqüestrada 2 vezes, a babá queria se casar com meu pai, pode!!! E depois por ciganos espanhóis. Me safei das duas.
Nos tempos áureos de meu pai, que era gerente das Casas Pernambucanas, “tempo bom, não volta mais”, deixa pra lá!!!! Tínhamos passe livre em tudo; cinema, clubes, festas, bom nehh!!! Eu disse!!! Só sei que estudei, aprendi francês, e já esqueci!!! Dancei muito. Dei até aula de dança de salão aos 7 anos, eu era craque!!!! Me apresentei em palcos e fui requisitada uma vez nos palcos do cinema, é que não participei de um concurso e minha ausência foi notada, fazer o quê!! Modéstia a parte, fiz muitas apresentações em festas em residências com a música “Por favorrr, pare! Agora! Senhor juiz, pare agoraaaa!” Da Vanderleia , lembram? Alguns se lembram que eu sei!!!!
Minas! Estado enorme que abriga o seu e muitos outros povos, povo bom, meio devagar admito, mas receptivo, de comidas boas e uma série de “causos”. Lá nasci e cresci, pelo menos até aprender que um trem entra até no olho da gente se deixarmos, não esquenta não é só dar uma assopradinha que ele se vai! Ô trem bão sô, que é ser mineiro, ocê não conheci não?!!!! Pois devia!!!!!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Salvação


Senhor; salva minha alma!
Purifica meu ser,
Lava minhas mãos,
Embranqueça minhas vestes.
Senhor salva minha alma!
Fala comigo,
Escuta-me,
Toca-me,
Senhor salva minha alma!
Leva-me a Ti,
Antes,
Deixe-me aqui,
Até alcançar Seus objetivos,
Deixe-me aqui.
Senhor salva minha alma!
Mantenha-me a Seu lado,
Opera em mim Seus propósitos,
Molda-me como a um vaso,
Senhor salva minha alma!
Aparta-me de mim Seu inimigo,
Faz de mim Sua serva.
E de tudo que eu faça,
Não me deixes nunca perder a Sua salvação.
Senhor salva minha alma!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Pintas de Chocolate


Meu filho caçula sempre me perguntava por que eu tinha, e ainda as tenho, tantas pintas. Branquinha e toda pintada resolvi lhe contar:
Minha mãe estava grávida de mim, sentiu-se mal no sétimo mês. Ninguém estava preparado, foi um corre-corre, inclusive no céu.
É, por que não sei se você sabe, disse eu completando a história, quando vamos nascer, uma cegonha nos trás de lá embrulhados num pano branco, dependurados em seu bico. Mas também lá estavam desprevenidos, e eu ainda estava no caldeirão de leite, por ser branca; os negros vêm do de chocolate.
E ele com os olhinhos arregalados perguntou: “é mesmo?”. E eu, é verdade. E continuei, então apavorados com a pressa me deixaram cair no caldeirão de chocolate, me puxaram rapidinho, foi tarde, fiquei toda manchada. E isso.
“Ah! Não estou acreditando!” Disse ele, “também sou cheio de pintas e não me lembro de nada disso”. Hora rapazinho, é que as mulheres têm uma memória melhor para bobeiras, disse eu . “Então é tudo mentira?” Perguntou ele.
Não sei, só sei que nasci mesmo de 7 meses e tirei minhas conclusões. No resto fica a seu critério, se acredita ou não. Saí sorrindo deixando-o absorto em seus pensamentos.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Começo do Fim?


E Deus criou a terra e tudo que nela há! À Sua imagem e semelhança criou o homem e o plantou na terra para nela frutificar e comandar. Ao se multiplicar o homem a povoou em obediência, bem, nem tanto assim. Pela desobediência Deus teve que dizimar povos poupando penas número suficiente para um novo recomeço. Civilizações vieram, foram; guerras foram travadas, leis estabelecidas, profetas divulgavam que o mundo como estava tinha prazo de validade. Ainda assim grandes civilizações sucumbiam. Ganância, poder. Homens! Feitos com acordo de fazerem o bem; teimam em seguir seu rumo sem seu mentor.
O Senhor não desistiu de Sua mais importante criação e sempre informando sobre os tempos vindouros. A terra cada dia mais povoada e mais cética. Mais guerras! Quanta tristeza! Então Deus levantou Sua mão e mandou um salvador para detentores de um lugar lindo e habitável. Incrédulos! Mataram-no. No entanto seguiu-se daí uma mudança e novos avisos para melhorarmos a relação com Ele, e de que o fim estava próximo. Próximo com o tempo Dele não o nosso. Enfim, sem mais uma vez dar ouvidos continuamos nossa destruição, e como sangue sugas colocamos um canudo na jugular do planeta feito para nós e o sugamos como um bebê suga o seio da mãe, que por natureza volta a se encher, não é isso que acontecerá em nosso habitat.
Com movimentos de rotação e translação o tempo foi passando, o desenvolvimento chegando; ainda mais guerras! Inventou-se a roda e o “boom”, automóvel, eletricidade, rádio, TV, o homem foi à lua, máquina de lavar, e finalmente computador. Crescimento acelerado, muito acelerado. Continuamos sugando o planeta. Tive medo de sugarmos também sua órbita. Foguetes, satélites, nessa mesma órbita que outrora contemplada daqui de baixo.
O crescimento foi tão grande que de cidades à megalópoles, capitais em plena atividade, gente por todos os lados, saindo pelo ladrão. Se olhássemos de cima veríamos o PAC “Programa de Aceleração do Crescimento” em ação. Uma luz acesa aqui, outra ali e mais outra lá. Sem parar! No entanto o povo ainda sem levar em conta que nossos dias estavam contados. O tempo é implacável! Agora se olharmos de cima de novo, veremos luzes se apagando aqui, ali e lá. Realmente não estamos dando conta, a terra também não! Ela geme, sofre com perdas e danos. E nós? Até onde iremos? Acho que não mais muito longe, estamos tendo poucos filhos; difícil criá-los, sustentá-los. As cidades já chegaram ao ápice, agora estão em regressão, falindo seu sustento, engolindo seu próprio comércio. O que será de nós? Gênova e Veneza? Caminho das índias? Retrocesso, trocar arroz por feijão! O fim está próximo, se não da terra, o nosso. Mais uma civilização que se vai? Não, acho que não. Agora é pra valer, prazo de validade vencido.
“Lembra-te do teu criador, não perca mais tempo, antes que venham os maus dias.” Ecl:12-1.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O que você faria?


A terra foi criada por Deus que com a mais perfeita das intenções deu-a ao homem para cuidar e usufruir de tudo que colocou nela, com sabedoria, bom senso, e amor, claro!
Entre erros e acertos, o homem, no afã da inteligência de ordens superiores, destruiu sim, mas também criou fatos e artefatos espetaculares, dentre eles um objeto redondo que rolava com um simples toque, surgiu então a bola! Através dessa genial descoberta, que por sinal tem o mesmo formato do planeta criado para nós, o mundo conheceu o entretenimento. Hoje, objeto esférico com ar comprimido usado em muitos esportes. Um deles em especial tem o poder de unir povos e causar fascínio a multidões: o futebol! De origem inglesa, jogado com os pés e disputado por 2 equipes.
Esse esporte é uma unanimidade, estanca guerras, hipnotiza, angaria torcedores sem distinção de raça nem idade, é a alegria da galera. Popular!
Divulgado aos 4 cantos da terra, seu mundial tem fama e paixão declaradas, a Copa. Em seus preliminares, países lutam em jogos dificílimos pela classificação, a tão sonhada vaga para a disputa assistida por todo o planeta. De olhos atentos nesses eventos que a antecedem, torcedores fanáticos seguem de perto as classificatórias de seu e de países adversários. É um esporte único, singular entre as nações.
Estamos agora a 1 mês da Copa de 2010, mas seus preliminares aconteceram ao longo de meses do ano de 2009 e como sempre, bem disputados, discutidos, sofridos: teve muita alegria, tristeza e choro também, ninguém quer ficar de fora. No entanto, foram disputas justas? Limpas? Nunca se sabe ao todo, mas discrepâncias foram notadas, declaradas inclusive.
Em 19 de novembro de 2009, jogo de classificação entre França e Irlanda; Thierry Henry, um Frances de 32 anos deu, literalmente, uma “mãozinha” para a França se classificar conduzindo a bola com a mão esquerda, gol validado pelo juiz, e mais uma vez recebeu batizado de “mão santa”, e ele declarou: “eu não deveria ter feito aquilo, mas foi incontrolável”. França dentro e Irlanda fora. Todo o mundo assistiu inconformado. Fazer o quê?
Em 1986, o famoso Argentino Diego Maradona, pioneiro na façanha, usou a mão e decidiu uma partida contra a Inglaterra, quem diria logo ela, a inventora do futebol, ironia! Também validado pelo juiz, a Argentina leva a taça tão cobiçada e segundo ele próprio: gol feito pela “mão de Deus”. Será? Não! Não foi não meu amigo, lembra do começo dessa crônica? Não é assim que Deus trabalha e nos deixa trabalhar, com certeza absoluta Ele não aprovou e nunca aprovará uma atitude desse gênero, eles deveriam se entregar sim. Difícil? Sem dúvida! Os países aceitariam? Provavelmente não, “futebol é assim mesmo”, diriam. “A voz do povo é a voz de Deus”, ditado popular, mentira; no entanto sei dos problemas que isso acarretaria, mas fica aí meu apelo, a quem queremos agradar, a Deus ou ao homem, então: O que você faria?

terça-feira, 18 de maio de 2010

Chegando em Casa


Uma mulher cumprindo sua tarefa em seu trabalho numa creche; ouve conversa, vai até o corredor e vê um homem com um sorriso iluminado; a felicidade não lhe cabia no peito; queria ver seus três filhos ali recolhidos. Já em casa a mulher emocionada conta para a filha casada a linda história que ouvira; então a história se torna ainda mais linda; vou dividi-la com vocês; desde o começo:
Tenho uma funcionária a quem chamo de amiga. Ela fez inscrição para um sorteio de imóveis; são prédios com apartamentos bons feitos para a população a baixo custo, mensalidades acessíveis. Ela, como tantos outros ansiava estar entre os privilegiados, ou sortudos que receberiam as chaves de um sonho. A casa própria.
O dia chegou; dia esse que ela, e muitos outros inscritos esperavam para mudar o rumo de suas vidas. Ele se estampou límpido, com sol escaldante. Ela saiu mais cedo do serviço, com minha permissão e torcida uniu-se a alguns parentes e amigos também inscritos e lá foi com fé pegar as chaves dos sonhos. O sorteio dá início, a multidão se agita no afã de ouvir seu nome anunciado como vencedores. Não deu! Não deu para ela nem para ninguém a quem conhecia. Ela tem casa, é pequenina, precisa de reforma, mas é dela. Menos mal!
No trabalho eu notei que ela nem estava tão chateada, até elogiei sua postura diante do acontecido. Então me contou sem exitar um dos motivos de sua pronta aceitação.
Um homem, um pai cuja esposa o abandonara com os três filhos para viver com outro o ameaçava tomar as crianças caso não lhe desse o imóvel em que viviam. Atormentado, atordoado e com medo de perder seu bem mais precioso, fugiu com as crianças lhe deixando o espaço livre. No entanto, morando em lugar indevido e longe de parecer um lar, foi denunciado. Acusado injustamente por “vizinhos” alheios aos fatos, perdeu a guarda dos três filhos. Numa creche ele as visitava todos os dias aos prantos. Pai dedicado, a sorte lhe sorriu. Que sorte! Ele estava lá, ele também fizera inscrição, e no meio daquela multidão ávida para que a sorte lhes abrisse caminho, em seu caso não fora ela, a sorte não, ele teve fé e entregou seus anseios e necessidades em algo muito maior; num Deus que presenteia os retos de coração. Sem acreditar no nome anunciado em meio ao falatório, pedia para que lhe confirmassem entre lágrimas que escorriam e um sorriso de dar gosto, ”por favor, repitam, eu preciso ouvir o meu nome e saber que fui honrado!” Beneficiado com um dos apartamentos, emocionado ele foi correndo à creche avisar seus pimpolhos que logo estariam juntos novamente.
Mariana cedeu aos encantos de tal história afirmando que sua vaga fora preenchida por alguém não mais merecedor que ela mais com certeza mais necessitado, pois ele recebera algo indispensável, essencial à sua vida, um lugar onde reuniria de novo sua família. A Mariana! Ela disse de bom grado, “vou esperar minha vez, outra vez!”

terça-feira, 11 de maio de 2010

Entrevista



  • Um nome: - Jesus Cristo.

  • Uma palavra: - Salvação. O maior presente que se pode receber; é imortalidade com Deus.

  • Um Lugar: - O céu.

  • Está bem. Uma cidade: - Jerusalém.

  • Amor: - Deus.

  • Defina Deus: - Absolutamente tudo.

  • Família: - Dádiva divina com retribuição à graça recebida; filhos.

  • Filhos: - Filhos! Como sabê-los se não tê-los! Sangue do nosso sangue, amor de Deus personificado para darmos continuação ao legado a nós conferido pelo Altíssimo.

  • Amizade: - Sentimento de afeição, dedicação e respeito próximo.

  • Um objetivo: - Alcançar vida eterna.

  • Seu anseio: - Viver eternamente com Deus.

  • Seu prazer: - Adorar ao Senhor.

  • Uma música: - Qualquer louvor.

  • Sua idade: - A que Deus me permitiu ter até agora.

  • Até quando: - Até cumprir os propósitos Dele.

  • O que significa o tempo pra você: - Aprendizado.

  • E o que é a vida: - Viemos aqui para fazermos nossa escolha.

  • Já fez a sua?: - Sem dúvida, quero voltar para os braços do Pai.

  • O que é envelhecer pra você, e... te incomoda? - Envelhecer é chegar mais perto de Deus ou não, depende da escolha de cada um. Como já fiz a minha, nao me incomoda em nada.

  • E a morte?: - Passagem dessa vida para a outra.

  • O que é a conversão em sua opinião? - Mudança por discordar, mudança de atitude, mudança de vida.

  • E religião: - Coisa de homem. "Maldito homem que confia no homem". Chega-se a Deus somente pela fé.

  • Batismo: - Nascer de novo.

  • Como se pode nascer de novo sem voltar para a barriga da mãe?: - Nascendo pelo Espírito, se batizando em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

  • Quem é você?: - Não sou mais eu quem vive. Cristo vive em mim.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Irmão do Pai


Ela era magra, franzina e de cabelos negros e longos que quase alcançavam a cintura. Entrou naquela casa grande olhando por tudo, eram em muitos. Pai, mãe, irmãos maiores e menores, ela beirava os 10 anos. Avô, Tia e ele, o irmão de seu pai. Beirava os quarenta. Inteligente; acima da média, solteirão convicto. Talvez uma companheira aqui outra ali. Do norte, rolaram país abaixo até o sul. Temporariamente, até se instalarem, ficaram ali dividindo o lar com aquelas pessoas, parentes sem intimidade, o que viria depois. Intimidade! Talvez ela nem pudesse usar essa palavra, pois ele, o irmão de seu pai a olhava com um pouco mais do que a tal intimidade familiar, ela não entendia! Sentados para ver TV o dito cujo a espreitava por um canudo feito de jornal com sinais de, “estou te vendo”! Ninguém via, ninguém se importava, era como se estivessem só os dois naquela sala lotada. Então, aquele homem iniciou um assédio corporal que sem entender ela pensava serem coincidências; ombro com ombro, “senta aqui pertinho de mim, você é tão bonitinha”! E a mão boba se espalhava à surdina sobre aquele corpinho indefeso. Aqui e ali, no quarto, na sala, na cozinha e frente e trás de sua inocência. Assustada, “será que lhe causo bem ou mal, não sei! Ele se irrita perto de mim, ele gosta de mim ou eu o incomodo, Será? Ninguém fala nada, ninguém me defende ou me explica”. “Vai lá LH faça com ela o que não posso“, gritava ele ao trancá-la com seu primo em um quarto para seu “bel” prazer! Chorando os dois berravam assustados. No quarto dos fundos ela passava roupas meio sem jeito, se lançou para cima dela derrubando-a na cama de casal que lá havia. Aos berros foi salva pela tia que com seu próprio cinto lhe deu uma surra. Ao longo de ano e meio que lá esteve só ela sabia; até mudarem e sua vida se tornar confusa e sem saber o que realmente se passara naquela estadia e com aquela indesejável demonstração de “amor” ao qual vivenciou. Pensando estar livre, suas visitas o deixava irritado; estava fora de seu alcance! “Tia, a senhora está a í? Vô, o senhor está aí?” Sem resposta se embrenhava casa adentro pensando estar só. Era truque. Ela não estava só; atormentava-a até ela conseguir escapar e de novo esperar o tempo amenizar sua angustia. Namorando, casada, com filhos, perfeitos! Com cartazes nas mãos a deixava crer que eles não o seriam se não o fossem com ele. Se afastou de vez! Como? Não! Quase ninguém soube; as famílias não admitem, e na maioria das vezes não tomam nenhuma providência. Lamentável Vergonha!? O tempo é implacável. Doente, no hospital, a pediram a misericórdia de visitá-lo. “Vem aqui dar um abraço! Pegue minha mão”, pediu ele. Teve pena. Um infeliz que de incesto a tio!? Desconfiada toucou suas mãos, mãos que juntamente com ele se foram logo depois daquele último encontro. Hoje ela é feliz e liberta; Ele!? Está nas mãos de Deus, o irmão de seu pai.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

João Hélio


Já era noite. Ele que tinha 6 anos, apenas 6 anos de idade, sentado no banco de trás do carro, parava num semáforo, dia qualquer, noite qualquer, rotina qualquer, não com uma família qualquer, mas com a sua que o amava, e sonhava com ele.
Luz vermelha. Por obediência sua mãe que estava na direção, pára. Mas por desobediência às leis terrenas e as de Deus, bandidos rendem os 4 passageiros do veículo, três adultos estarrecidos saem do carro, João Hélio, uma criança , quase um bebê recém saído das fraldas não consegui soltar o cinto de segurança; desesperadamente a mãe tenta desatar o filho das garras daquele cinto que naquele momento eram as mãos de bandidos desalmados e sem coração. Não consegui.
O carro sai em disparada, acelerando e numa corrida desabalada e sem compaixão com o garoto atado ao cinto e sendo arrastado pelo seu “laço de morte” ruas afora. Sua mãe pede para que seus olhos a enganem!
À medida que o veículo distanciava viam-se os sonhos e os planos daquela criança, com certeza de futuro, se espalhar pelo asfalto. Massa encefálica, neurônios que talvez fizesse o futuro de alguém, quem sabe até de um dos próprios filhos dos meliantes. Braços, pernas atiradas para todos os lados como se fora um boneco de pano.
Avisados por um motoqueiro pensando ser um trágico acidente, foi ameaçado! Revolveres em punho.
Deus tenha misericórdia desse mundo imundo!
Rastros de sangue, marcas da brutalidade cometida por “rapazes” a um garotinho inocente, ficaram pelos 7 quilômetros e 4 bairros de uma cidade que de linda por natureza se tornou desprovida de alma pela violência .
Ceifado, privado de sua vida, João Hélio se foi. E seus carrascos? Terão direito à vida? Quem decidirá? A sociedade? A justiça? E quanto à atrocidade que cometeram?
Levanta-te Brasil, levanta-te Rio, acordem ou serás uma fábrica de bandidos. Um país, uma cidade, inferno no paraíso.

quarta-feira, 10 de março de 2010

O Chão vai Tremer!


Cerca de um mês atrás, estamos em março, dia primeiro para ser mais preciso, do ano de 2010, um terremoto devastou o Haiti, pequeno país da América central. Perdas sem conta, sem medida, tristeza! Mortos, feridos, muita destruição; tudo veio abaixo, danos incalculáveis e até inimagináveis a um país que já tinha tão pouco! Placas tectônicas que teimam em se ajustar depois de muito, muito posteriormente a sua formação. Alterações feitas no interior da terra trazendo rupturas na superfície, tremores e bastante dor. Ela se ajeita como quando nos ajeitamos no sofá para uma posição melhor, mais confortável. E o desconforto sobra para a superfície e nessa superfície estamos nós. O mundo não se ateve em esforços nem medidas para ajudar. A comoção foi geral, o mundo enfim olhou para o Haiti. Compaixão, comiseração de todos os cantos da terra. Difícil conter as lágrimas, estancar tamanha devastação. Ainda em recuperação; o chão voltou a tremer. Desta vez não no Haiti, agora no Chile. Um dos maiores na escala Richter. E de novo uma tragédia abala o mundo. Literalmente! Destruição, mortos, feridos e desabrigados, é o que se tem notícia mundo afora. Abalos sísmicos querendo dividir a terra, chuvas alagando, secas esturricando pelo calor intenso, intenso também o frio causando perdas e danos. Temos culpa, não temos culpa. De algumas coisas sim, outras não. Mas amigo leitor, é só abrirmos bem os olhos e ouvidos, o planeta está gritando, sufocado, apavorado. Idade? Não! Ele não é tão velho assim! Mas seus sinais mostram seu desespero, isso é perceptível pelo seu sofrimento; estão aí para todos vermos e ouvirmos, e como um parente doente temos que cuidá-lo, acariciá-lo, dar remédios, talvez seja tarde, o médico chegou tarde, e até os remédios não farão mais efeito, pode até ser que o retarde de uma doença terminal, no entanto o mal já se instalou , isso é notório. Nem sei se “antes tarde do que nunca”, nós o exploramos ao máximo, sugamos até o bagaço. O que fazer! Só nos resta conviver com ele, mesmo sendo nosso tempo derradeiro, ele acaba, nós também, façamos nossa parte, antes que chegue a extreme unção para ele e o apocalipse para nós.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Situação Difícil


Colocar uma pessoa em situação difícil; é o ato de constranger esse alguém; o que indica também certa falta de amor com esse próximo. “E constrangeram um certo Simão Cirineu, que por ali passava, e o fizeram carregar a cruz”. 15-21. Essa é uma passagem bíblica como puderam notar, parte essa da crucificação de Jesus. Esse homem citado, ao qual foi persuadido a ajudar na árdua tarefa de carregar a cruz para Jesus, mesmo que por pouco tempo, diz a bíblia, foi colocado numa situação difícil ao ter que se abaixar para levantar aquela madeira pesada perante a multidão; realizando um serviço que, em tese, não tinha nada a ver com ele. O homem em questão não tinha a menor idéia do que estava fazendo; naquele momento estava apenas envergonhado por ajudar um condenado a levar seu próprio caixão; por que eu? Talvez esse fosse seu pensamento enquanto todos o viam!
E você! O que o faz se sentir constrangido? Não, não fale, vou tentar descrever o que esse tempo em que vivemos retrata o que acabamos de ler: Falta de amor, de respeito, de compaixão! Ajudar alguém deveria ser uma honra. Não porque se está por cima, mas sim por estarmos em perfeita forma e disponíveis aos menos desprovidos; mas não é isso que tem ocorrido. Senti-se vergonha por abraçar os pais em público, mostrar respeito pelos mais velhos, demonstrar amor por um amigo! É o que se vê! Alunos de escola constrangendo seu próprio colega pela natureza diferente. Professores atacados como se carrascos e não ensinadores que os elevam a um patamar mais alto, depredação das escolas depreciando superiores e desvalidando todo seu trabalho.
Existem várias formas de faltar respeito e os seres “humanos” estão se valendo de todas que não deveriam. Desconsideram as diferentes raças como se fosse sua a hegemonia. Arrogância, pois! O preconceito só nos leva a crer na supremacia da ignorância. Deficiência na alma de corpos supostamente perfeitos, porque na física nada mais é que uma figura que se vê. Devereria-se ter sentimento de dignidade e compaixão sempre com o outro. No constrangimento não há virtude, ela se encontra sim na paciência, boa vontade e na honra de servir. Como aquele certo homem do começo, quem nos dera ter a chance de ser útil a alguém de tão grande valor e importância. Olhe à sua volta quem sabe isso pode te acontecer hoje mesmo; pense na cruz e ajude alguém ao invés de constranger esse mesmo.
Ame o próximo como a ti mesmo.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O Galo já Cantou!


Quem nunca ouviu, na aurora, às vezes longe! Ás vezes perto! Antes do nascer do sol, o galo cantar. È fascinante não! Despertador natural! Só podia vir de Deus. Eu tenho muitas histórias para contar sobre esse acontecimento sublime que enaltece a vida na terra, você não! Mas espere; primeiro eu conto, depois você, está bem assim?
Pois então! Morando eu em Mogi Mirim, me mudei para a cidade grande, Curitiba, e era quase no centro. Minha primeira noite de sono, qual foi o meu espanto, fui acordada de madrugada, de surpresa, um galo na maior cantoria “cocoricó”. Esperei amanhecer e olhei pela janela, não acreditei. Era uma casinha em meio aos prédios com pato, galinha, cachorro, pé de limão e um galo! Que galo! Que garganta poderosa. No interior, quando acordada os ouvia ao longe, na capital, tão perto, tão majestoso ao avisar o alvor do dia. Os dias foram passando e meu cérebro captando noite após noite a primeira cantata, segunda e por fim eu acordava só nas últimas. Foi muito bom!
E tudo isso me arremeteu à infância e juventude, um cunhado a quem quero muito bem, sempre que nos reuníamos; praia, chácara ou qualquer evento que fosse; no raiar do dia, “o galo já cantou, o galo já cantou...!” Com cantorias e panelaços pela casa, ela nos acordava. Às vezes nem era tão cedo assim, mas para nós parecia antes do próprio galo cantar. Também era muito bom!
Certa feita escrevi uma crônica em memória de um amigo que já se foi; descrevi mesmo sem ver, sua agonia entre a escuridão da noite e o alvorar do dia na indecisão de vida ou morte, escolheu a última e não ouviu o galinho esgoelar anunciando um novo nascer do sol!
No exercito o toque da alvorada vem com de seus soldados tocando lindamente a corneta anunciando mais trabalho e ensinamentos para a defesa de seu país. Com certeza imitando aquele que sem qualquer instrumento o faz tão bem. Um espetáculo na terra.
É, desse despertador natural, presente de Deus, temos muito que falar. “Em verdade te digo; nesta mesma noite, antes que o galo cante três vezes, me negarás”, disse Jesus a Pedro, forte né! Sua função é notória e importante na história da humanidade, um marco na vida de cada um, tenho certeza. Garanto, tanto como para um cego que não vê o nascer do sol, é triste para um surdo não ouvir seu avisar do amanhecer, e sei que cada um de vocês também tem histórias para contar, então sentem em volta da mesa e contem-nas entre si.
Fica aqui uma dica, quando ouvi-lo, agradeça por poder ver mais um milagre da luz natural aflorando vida e antes que ele cante três vezes não negue que há um Senhor lá no céu olhando por nós.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Ministro


Com um casal como filhos, um pai e uma mãe pensaram estar concluída sua missão de povoar a terra, mas esse não era o plano do Senhor a quem eles serviam, Deus!
Gerado, já no ventre de sua mãe, o menino se desenvolve, e com ele os planos do Senhor dos Senhores tinha para ele.
Ao nascer, o menino de olhos verdes, se transforma em alegria dos seus. O pai, um pintor de paredes bem sucedido, cria e ensina seus filhos a seguirem Jesus.
Jovenzinho ainda, ele, apelidado ministro, é levado a trabalhar com o pai. E um sentimento de vergonha e orgulho toma conta de seu coração, mas foi crescendo na profissão.
Pais dedicados, filhos estudados, formados. Mas ele, se esmera e se especializa cada dia mais no trabalho que outrora lhe trazera insegurança. Com dedicação e empenho, o serviço com cores e sabores da vida lhe traz segurança e satisfação.
Em meio a seu caminho, o dom que lhe fora dado ainda no ventre de sua mãe, aflora, e com facilidade aprende a tocar violão, e o som que emana de sua garganta mostra ao que veio; louvar, adorar e ministrar de todo seu coração a um Deus de prodígios e maravilhas que cumpre e faz cumprir Seus desígnios.
Ministro, canta e se faz ouvir por todo o templo, levando pessoas a seguir o mesmo Deus ao qual ele serve.
A idade adulta vem, e ele à espera de realizar seus sonhos e pela promessa que Deus tem para ele; mas como, uma vez ainda na carne e sujeito aos benefícios e aos males do mundo, um acidente de percurso atinge seu ouvido esquerdo lhe trazendo dor física e sofrimento na alma. Cuidados, remédios, oração. Muitos se empenharam. Recuperação total! Está nas mãos do Senhor. Mistério ou confiança do Senhor em quem lhe deposita também confiança. Confiança num escolhido, separado Seu que não se abate, mas segui sabendo que o Espírito habita o espírito, mas o corpo e a alma só na glória serão perfeitos. O Deus do impossível torna possível a aceitação de você mesmo, até que venha a ver Sua face. Ele detém toda a perfeição e à Sua sombra deve descansar até o mar se abrir e ele se achegar a Ele. Seus cânticos e adoração o Senhor recebe quando com sua voz a porta se abrir a Ele.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Companheira


Companheira, ah essa minha companheira! Nunca me deixava sair, fazer amigos, visitar parentes. Teimava em me ter só para ela. E eu, por fraqueza ou falta de vontade, não resistia, cedia, e lá ficávamos só eu e ela, lado a lado com nossos pensamentos e temores.
Um dia me rebelei, saí, fui para a praça, para as ruas e notei que a mesma companheira que me aturdia, aturdia a outros também. Seu atrevimento era tanto e tão grande que mal podia cumprimentar conhecidos ou transeuntes. Foi me causando dependência, insatisfação de convivência com parentes e amigos. Quando por mim passavam pessoas conversando, sorrindo eu chegava a invejá-las, já não sabia mais agir assim. Assistíamos televisão, trabalhávamos, até íamos ao cinema, shopping, restaurantes, mas sempre só nós, duas.
A relação já começava ficar insuportável, insustentável; estava perdendo a vontade de viver, estava sufocando. Pedi ajuda!
Meu terapeuta não se indignou; “é mais normal que você pensa acontecer isso nos dias de hoje” me disse ele, “compra-se cachorrinho, disk ajuda, sei que é uma situação difícil de resolver, não sobra tempo, não sobra hora, nem pessoas. É tarde, é tarde, não posso, agora não dá. È só isso que se ouve”
Fui embora dali, tomei uma decisão; me separar. Separação litigiosa, mas enfim estou livre, mandei a SOLIDÃO embora, arrumei uma companheira de verdade, uma amiga de corpo, alma e espírito. É mais isso foi depois que meu terapeuta me indicou um “personal friend”. Pode?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ausência


Se tivéssemos tempo para parar e pensar realmente na vida do mundo atual, 2009. Iríamos perceber que ao mesmo tempo em que estamos; não estamos em lugar algum. Não sei se por ansiedade, falta de amor, ganância. “É tarde, é tarde, é tarde”, já dizia o coelhinho de “Alice no País das Maravilhas”. E nós estamos muito longe desse país, não é mesmo! E muito mais ainda de um mundo de maravilhas. Na verdade elas estão aí, mas não prestamos atenção. A correria, o estresse, o daqui a pouco, o amanhã, nunca chegará para nós. Estamos sempre com pressa e tentando resolver o “irresovível”, vencer o tempo! Queremos chegar logo ao trabalho, queremos sair logo do trabalho. O transito é infernal. Em casa, com afazeres; queremos descansar, melhorar o corpo, fazer compras, a roupa no varal, o filho que não obedece, o cônjuge não é o que se esperava; ao dormir; pesadelos.
Onde vamos parar! Assim não vamos parar nunca. Criança, adolescente, adulto, todos com tarefas acima do tempo acessível. A creche toma lugar do lar. Na sala de aula; o professor, “fulano de tal”, “presente”, responde. Será? Muitas vezes não, é internet, celular, hormônios. Quando adultos, no meio de tudo isso, o relógio roda, roda seus ponteiros e não como uma roda gigante que pára quando queremos descer. A rotina é quem manda!
É, essa bendita rotina. Com o caminho trilhado e com o hábito de proceder sempre da mesma maneira, se alterado; perde-se o rumo, esquece-se o que almoçou, se almoçou. Esquece-se de buscar o filho na escola. Esquece-se bebês dentro dos carros. Crianças têm morrido por inexistência do momento, que quer dizer, ausência. Sempre o amanhã, o depois, o tempo. O aqui e agora não existe mais. Pega-se a bolsa, a pasta, vai-se para o trabalho, para a academia, às compras automaticamente; e fora de si; o presente vai ficando para trás! De momento em momento é que se faz uma vida; é no instante que alguma coisa se faz acontecer; perdeu! Ocasião que não tem volta. Não se deixe levar pela onda, vença-a até chegar à calmaria e desfrute a paz, existe hora para tudo, principalmente para amar.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Eu Amava


Eu amava o amor, eu amava meu homem, meu objeto do desejo.
Eu amava porque era amada.
Eu amava o sol, a chuva, o inverno, o verão.
Eu amava o céu, o mar, eu amava a terra com suas montanhas e verdes num misto de sabor e matizes de cor.
Eu amava meu amigo, meu amante, eu amava meu inimigo.
Eu amava porque era amada.
Eu amava os pássaros, os bichos, meu cachorro.
Eu amava fazer compras, dar presentes, receber também.
Eu amava sonhar, lembrar, esquecer, perdoar!
Eu amava porque era amada.
Eu amava as pessoas, qualquer pessoa, até que uma delas, a que me ensinou a amar “assim”, desertou, deixou de me amar. “Como é possível?” Me indaguei! “O amor não é eterno?” Esse não! Não por si só!
Naufraguei em águas profundas; numa escuridão sem nada enxergar, sem nada para amar. “Estou cega?” Pensei, “a penumbra cobriu o ar? A luz verteu-se em trevas?”.
Não amava porque não era amada!
Perdi contato comigo mesma, procurei a morte, encontrei a vida, conheci o amor, o verdadeiro. O amor que é maior que o próprio significado. Genuíno, contagiante, fiel por excelência, encontrei Jesus. Homem que deu sua vida por amor de mim.
Hoje sei, o amor é doação, não um ego em ebulição.