terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Papai Noel


“”Ho, ho, ho”. Assim ele se apresenta. Papai Noel é uma figura! Quem não se encanta com essa sua risada, barba branca, roupa vermelha, sua touca e aquele barrigão! E, ainda mais com seu saco cheio de presentes. Esses que “distribui” às crianças às vésperas de natal.
E esse bom velhinho que se tornou tradição é uma história baseada em um senhor chamado Nicolau que nasceu na Turquia no ano de 280 DC e que saia para as ruas de roupas marrom e verde deixando saquinhos com moedas para os pobres nas chaminés de suas casas. Com o tempo foram transformando sua imagem até essa que se vê hoje.
Ele agora faz parte de um dos inúmeros símbolos criados pelo homem para as festas natalinas comemorada na data de 25/12. Os seres humanos têm uma imaginação espetacular. Muitas coisas nos remetem à noite de natal. Neve, e nem neva no Brasil! Ceia, árvores enfeitadas, luzes piscando, presentes. Até as vitrines das lojas. E tudo emociona! No entanto, será mesmo que todo esse aparato e simbolismo exprimem bem ou exatamente o que o nascimento de Jesus significa para a humanidade? É tudo muito divertido, alegre, prazeroso não se deve negar. Porém fica sempre uma pendência em nosso coração, essa felicidade atinge a toda a população? Reiterando, essa é a felicidade a se atingir? O presente que todos, indistintamente podem receber está mais ao alcance que se pode imaginar. Ninguém que o queira aceitar ficará de fora. Diferentemente do bom velhinho que mesmo que quisesse não teria condições físicas nem monetárias para suprir tão grande contingente.
Papai Noel. Deveríamos chamá-lo, Papai do Céu, assim ninguém ficaria sem receber seu presente na noite de natal. A Salvação.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Cajuzinho


Numa tarde de inverno de uma cidade do sul de minas, ele passeava a tomar sol pela praça quando a viu pela primeira vez. Ela era jovem. Mais jovem que ele que não era assim tão velho, porém já estava ficando meio “passado”. A família, pela intimidade insinuava: “vai ficar para titio”. Solteirão convicto. Viu em seu interesse por ela a oportunidade de se livrar das implicâncias.
Àquela garota mexeu com ele. Como mexeu! Nos dias que se seguiram ele andava pelas ruas a procurá-la. Sondava de olhos abertos para todos os cantos a fim de avistá-la. Algumas trocas de olhares deram para ele esperança. Resolveu então melhorar o visual. Regiminho, roupas novas. Tudo para conquistar a amada. Ainda faltava algo! De olhos para o espelho se deu conta dos fios de cabelos brancos que o acompanhavam delatando os anos já percorridos. “Darei um jeito nisso”, pensou ele. Marcou horário em um salão de beleza.
Tardezinha, quase noite, pouco movimento! Na opinião dele! Espreita para cá, para lá e adentra o estabelecimento que renovaria literalmente seu visual. Explica mais ou menos a situação para a cabeleireira que dá inicio ao processo. Pinta aqui pinta ali, as madeixa vão vendo logo o resultado do tratamento. Cabelos mais escuros! Para uma secagem mais rápida da tinta a profissional o coloca no secador. Aqueles enormes em que se senta embaixo deles e sua cabeça é enfiada dentro, geralmente coloridos.
Ele pega um jornal, o dispõe sobre as pernas e o lê distraidamente quando de repente! A garota dos seus sonhos, a do motivo de tudo, entra no salão! Em pânico ele cobre o rosto com o jornal. E ela a conversar com a atendente não saía de lá por nada deste mundo. O horário dele venceu, a cabeleireira que o atendia verificou e disse: “está na hora, vamos tirar”? Ele, desesperado, com medo de se revelar, pedia, sem sequer explicar o motivo: “só mais um pouquinho”. E ela: “não dá, seu cabelo vai ficar vermelho”. Ele insistiu: “por favor”. Não entendendo a causa a cabeleireira esperou, mas logo voltou a falar: “vamos lavar”. Ele não arredava pé e a sua paquera também não! O tempo foi passando a garota não ia embora e os cabelos dele só mudando de cor! Por trás do jornal ele permanecia, só de soslaio, a espera de a paquera ir-se em direção a porta da rua. Nada! A comoção virou geral entre as funcionárias. Rir ou chorar?! Situação difícil. E sem entenderem nada!
Coisa de 40 minutos após o tempo regulamentar a garota sai em direção à rua. As cabeleireiras desconfiadas correm em socorro dele, tiram-no do secador e constatam olhando umas para as outras. Dão a notícia a ele: “seus cabelos estão completamente vermelhos”! De novo! Rir ou chorar! No arruma aqui, corta ali. Resultado! Cabelos cor de caju. Sem acordo. O melhor foi feito. Talvez raspar careca! Ele se negou!
Apelidado “cajuzinho” pelos amigos. Esperou que o tempo o acudisse. Demorou muito! A garota? Ele fugiu tanto dela que esfriou! Acabou o que nem começara. Ele pusera fim ao relacionamento que tinha pretensão de acontecer.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

No, No, No



Traduzindo: não, não, não. Essa foi a resposta que a cantora Amy Winehouse deu quando, por amor a ela, seus amigos e parentes quiseram lavá-la ao Rehab, centro de reabilitação para viciados. Na verdade ela sabia que era o certo a fazer, entretanto, continuou com seu, “no, no, no”.
Contudo, eles a levaram. Com ou sem a aprovação dela. Impuseram. Internaram-na. Vigiaram-na 24 horas por dia. Mas ela insistentemente dizia, “no, no no”. Estava lá, mas não estava! Ela não queria a liberdade! Presa as drogas e ao álcool preferiu a morte.
Dona de uma voz impar, sui gêneris, que lhe era peculiar como todo seu aparato visual, foi fraca. Tinha tudo para dar certo! Porém, Amy Winehouse não se ateve para a dimensão do que tinha nas mãos, do talento que recebera. O dom de cantar! Dom dado por um Deus que quer ver frutos desse presente. Ademais ela enterrou consigo seu talento. Em Mat. 25 – 15,29, parábola dos talentos mostra como um inconsequente servo enterrou seu talento ao invés de multiplicá-lo. Foi o que ela fez!
Em 23 de julho de 2011, aos 27 anos Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa, na Inglaterra. A causa da morte ainda não se sabe, mas sim que a trajetória de vida assinalada por ela mesma a levaria a isso. A dependência química.
O que leva um ser humano a se deixar deteriorar de tal forma, a ponto de definhar, perder o viço de sua juventude, ou pior o amor próprio como essa cantora que no começo de uma carreira promissora, no desabrochar para o mundo, preferiu a morte. Porque ela preferiu sim a morte!
Fraqueza, depressão. Veio assim de fábrica ou pela fama repentina? O que se sabe, mais uma vez, é que nas letras de suas músicas ela praticamente pedia socorro. Todavia! “No, no, no”. Talento desperdiçado! Enterrado sem multiplicação. Aliás, mesmo que a reabilitação tivesse feito efeito, seu repertório precisaria também de uma reabilitação por ser apenas um pálido reflexo dela mesma.
Enfim! Era imprescindível que Amy Winehouse começasse tudo de novo, vida nova, nascer de novo! Deus lhe daria essa chance! Ela preferiu, “no no no”.
Deixou sim seus fãs como ela mesma dizia em sua música Back to Black, de luto por ela. É, se a Amy quisesse continuar aqui teria que entoar “Yes, yes, yes”, e de coração. Ela não quis! Jogou a toalha em sinal de desistência! Que pena! Perdemos mais uma para a droga dessas drogas.

domingo, 14 de agosto de 2011

Resgatando a Essência



É com muita felicidade que venho informar aos leitores e seguidores do meu blog, que pela honra de Deus estou lançando meu primeiro livro, Resgatando a Essência. No qual venho compartilhar a forma de se resgatar o que foi perdido com a modernidade, a essência.




Lançamento do livro: Resgatando a Essência



Data: 01 de outubro de 2011 às 20:00hrs.


Local: Centro Cultural - Avenida Santo Antônio, 430. Mogi Mirim - SP



Também está a venda nos links abaixo.












Espero que aprecie e se envolva com a leitura!


Obrigada.






segunda-feira, 25 de julho de 2011

No mundo das Nuvens



Tarde ensolarada, descansava na grama de meu jardim. Percebi nuvens se movimentando no céu. Deitei. De frente para elas, houve comunicação. Desenhos, figuras, letras, constataram esse elo. “Seria pra mim?” Pensei, “só podia ser, só estávamos nós”, uma infinidade azul com manchas brancas se mexendo, se transformando a cada instante, e eu.
Animais, rostos, palavras. Tudo em simbiose com meus pensamentos. De repente, uma fruta. “Será que estou com fome?” De novo. “Vem de mim, de dentro de mim? Ou elas contatando?”. Só sei que era maravilhosa aquela transmissão de mente e imagens.
Ficamos muito tempo ali. A escuridão já queria se fazer. Conversamos, trocamos idéia. Viajei, imaginei. Exigi. Foi sem querer! Tarde demais! Pedi perdão. Só quis viver no mundo das nuvens. Sem tristeza, sem sofrimento.
“Fuga”. Ela disse, “seu mundo é aí, real, os sonhos devem ser realizados nele, não fora”.
Em sinal de zanga, se juntaram, ficaram escuras. Caiu uma tempestade. “Meus sonhos foram por água abaixo”, pensei. Então entendi, elas caíram e se juntaram a mim.
Deliciei-me, me molhei. Compreendi. Os sonhos não se vão, são transformados em realidade.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Dançando com Deus



Louvar e adorar a Deus, é para mim, a maior forma de edificar o Seu nome. É quando me achego a Ele, contudo, meu alimento! No Espírito; encontro forças, abrigo, certeza. Ao comentar com irmãos da convicção de minha salvação quando morrer vejo estranheza; pois eu digo; essa é a única certeza que tenho, é meu consolo. Ah! Não! Não é porque sou boazinha e faço tudo certo não, mas sim pela convicção do que Ele fez por mim, foi crucificado, morto, mas ressuscitou; selando assim, com Seu martírio, a aliança comigo, pagando meus pecados e me salvando. É pela graça e não pelas obras.
O sol nasce para todos, as aflições também, só depende de como as enfrentamos, com ou sem Deus, de qualquer forma Ele não vai deixar de ser quem É.
Louvo, louvo, adoro; não tem hora, não tem lugar.
Pleno lugar de trabalho, duas horas da tarde; cantando e dançando como se com Jesus, ouvi, “Deus é maior que você, você está dançando como se Ele fosse do seu tamanho, respondi, “não, Ele é do tamanho de cada um de nós e ao mesmo tempo do tamanho de todos nós juntos; na minha pequenez Ele se moldou para me abraçar, era essa a música que juntos dançávamos, “Abraça-me, abraça-me com Seus braços de amor”, envolvi-me então naquele abraço, meu coração se acalmou; compassado, cantei, “quero ser como criança, Ti amar pelo que És, voltar à inocência e acreditar em Ti”.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Depressão



Com as mãos ao volante estrada afora, uma placa se estampa à minha frente com os dizeres, “cuidado, pista em depressão”! Pensei, “é, a coisa está feia, até o asfalto hoje em dia está deprimido”!
Brincadeiras à parte. Espiritual, emocional, deficiência física; qual desses fatores será a causa para essa doença do século ou da atualidade?! Tristeza, insônia, falta de apetite, dor no peito e nenhuma força para prosseguir. E esses e muitos outros são os sintomas desse mau que assola alguns seres humanos que foram criados com outro intuito; o de serem felizes, amarem e serem amados.
E para servirem ao próximo e a um Deus criador que os fez com tanto esmero e perfeição deu-lhes o paraíso. Um planeta lindo, pronto para uso. Mas essa criatura, desde o primeiro deles começou errando, fazendo tudo errado. Sem cobertura! Ficou ao léu, desguarnecido. Livre arbítrio, personalidade, beleza e muito mais lhe foi dado para enxergar a magnitude do criador. No entanto, se permanece nos maus caminhos. “A paz eu vos dou, não vo-la dou como o mundo a dá”, disse Ele. Nem assim!
O desenvolvimento, a tecnologia dá, por vezes, a sensação de se estar ficando para trás. Também a falta de dinheiro, posição; inclusive saúde e aparência, seguimentos que dão grande importância para tal. Aí, o efeito colateral, a depressão. Imagens animadas, estagnadas, levadas para dentro de casa; impossível não fazer comparações. Protótipos de modelos esculturais ditadas pela moda, nem sempre naturais, estampadas até nossas vistas. Televisão, revistas, outdoors. Figuras, matéria, nada se vê do interior, do sobrenatural nos levam a comparações.
Consumismo desenfreado; poucos com muito e muitos com pouco. Leva à fraqueza; toca, fere o ego dos mortais, e então, o corpo não processa de maneira correta, não distribui igualmente, cai na tentação, se desespera. Tal e qual o que o dia a dia de uma vida do século 21, no que parece, quer dizer, quer passar!
Mas um fato essencial que pode mudar tudo isso, poucos também tem acesso. Que pena!
A morte de um “Senhor” que se entregou para mudar, transformar a vida de toda a criatura; Jesus. Ele, somente Ele pode tirar sua depressão, “e de grátis”, e até dá libertação e salvação eterna, não é demais!! Conheça esse benefício e tudo se fará novo em sua vida.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Bullying



O sol estava quente que até atordoava meus pensamentos, esses já avariados pelos últimos acontecimentos escolares sofridos pelo meu filho, o bullying. Palavra difícil que me fez pesquisar para me interar melhor de seu significado. De origem inglesa, quer dizer, usar de força ou poder para intimidar. Mas eu designo de maneira diferente; ignorância.
Uma hora da tarde, todos os dias levo meu filho de doze anos até a escola. Estadual, não tenho renda suficiente para o estudo particular. Mas acredito que não faria diferença alguma. Juventude, adolescência, “aborrecência”. Falta de amor, respeito pelo próximo agora tem nome. É, por que agora tudo é permitido por se estar jovem? Talvez, “burrecência”, só falta o coice para se transformarem em animais por tamanha violência. Pela complacência de pais e educadores, que por vontade própria ou impedidos por ordens superiores, de educarem seres permissivos.
Meu filho está com medo, com pavor, literalmente, de ir para o lugar onde deveria se sentir seguro. Se é investimento para o futuro, onde vamos chegar assim! O meu menino tem de ser levado, empurrado, para a escola. E quantos mais! Cheguei a pensar, será que esse sol que nos cobre está fritando o cérebro dos seres que deveriam ser humanos? O buraco na camada de ozônio está permitindo a entrada do raio ultravioleta na terra mais que o normal e está afetando os sentidos dos racionais. Será que é isso? Não é possível que pessoas em seu estado consciente possam tratar, ou melhor, maltratar seu semelhante com tanto descaso, numa corrente de tortura física e psicológica sem dar atenção a danos e traumas imediatos e vindouros em seu íntimo? É, e dos próprios também, provavelmente.
Esse fenômeno de ordem e natureza social e moral que vem se alastrando pela sociedade como rastilho de pólvora, está desestruturando crianças, por que é isso que elas são. Não passam de crianças mal educadas, mimadas que querem inadequadamente, claro, dominar, manipular outras que, menores ainda que elas mesmas se subjugam. Gente miúda, indefesa, submissa que se entrega por não ter força suficiente para lutar contra implicâncias infundadas. Exclusão, zoação, e apelidos pejorativos tornando-as mais intimidadas e com a auto-estima mais baixa do que carregam consigo.
O meu e o filho de outras pessoas sofrem, e muitos ainda irão sofrer se não dermos um basta, e agora, nessa reação vergonhosa e sem precedentes contra meninos e meninas que um dia adultos, podem desenvolver problemas psicológicos, bem como vingança e até, que Deus nos livre, suicídio. Quando não é precedido de homicídio. Não é exagero não. Estamos vendo aí, a toda hora na TV. Talvez enxerguemos como filmes de terror ou ficção que não nos alcança. Mas está chegando perto, cada dia mais perto. É real, muito real. Quando se vê através de uma telinha, por mais comovidos que fiquemos; não nos atinge. Não é com os nossos. Não nos atinge. Mas, se belisque! É; junte seus dedos e torça sua pele para ver como doe. É assim e muito pior com os que suportam, e não suportam mais os atingidos por esta casta de pretensiosas “crianças”.
“Brincadeiras da idade”. Não! Onde estão as de pique bandeira, esconde esconde,rodinha, passa anel, da infância desses adultos que teimam em não corrigir esse desatino. Essas sim são da idade. Como será o futuro! Ao caminhar assim, esses abusadores de hoje serão o que amanhã! Os abusados problemáticos! Resta-nos temer pelo futuro. Que no mínimo, incerto!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Mamãe



Minha mãe era linda. Alta, de olhos claros. Cabelos louros, ou marrons; desculpe, eu não sei ao certo. O caso é que convivi com ela bem pouco; para ser exata, 5 anos, sete meses e meio. Os 5 anos foram de vida, da minha vida. O restante faz parte do tempo em que estive em seu ventre. Deu para entender, não é? Nasci prematura. É que foi tão pouco nossa estada juntas que me agarro às migalhas do tempo que estive perto dela! Com 29 anos ela se foi! Minhas irmãs mais velhas contam como era minha relação com ela. Só me sobrou isso! Histórias!
Magrinha, pequenina para a idade e bem lourinha, eu era. A ponto de ela me mimar pensando ser eu uma frágil criaturinha.
Branquinha; era como ela me chamava. E eu, passava álcool em suas costas, todos os dias. Ai que vergonha contar isso, mas dizem as “más línguas” que eu a perguntava, “quanto à senhora vai me pagar por isso”? Eh! Mesmo assim ela me mantinha a seu lado, perto da cama, o tempo todo. Lugar de onde dirigia a casa, os 7 filhos e sua última gravidez. Ela tinha leucemia. Faleceu um dia após dar a luz à última, uma menina; que não vem ao caso. Quero falar de mim com ela! Só eu e ela!
Da cama a qual permaneceu até o fim, mas que lhe proporcionou dias a mais por ali descansar, mandava e desmandava na família, tinha ajudantes, mas sua era a palavra final, ai de quem não obedecesse, voavam chinelos por todos os lados! Ela era bem rígida!
Se eu me lembro de alguma coisa? Qual nada, tudo que aqui já disse são informações angariadas ao longo dos anos por curiosidade, perdão e amor meu por ela.
A partir do dia que, na minha mente, claro! Ela “misteriosamente” desapareceu, por que para mim ninguém explicou nada, talvez eu não fosse entender mesmo! Fiquei meio perdida a procurá-la!! Meu pai; acho que mais atordoado que os próprios filhos; tratou rapidinho de arrumar outra mãe para sua prole órfã.
Eu era do meio. Não entendia, mas também não deixava de entender. “Quem seria àquela que me arrumara e me pusera à sua frente como dama de honra a levar as alianças em seu enlace com meu próprio pai”! Perguntava-me eu!
O fato foi que, minha mãe tinha ido embora e outra mulher ocupara seu lugar e me obrigara a chamá-la pelo nome sagrado em que só abrira a boca para chamar, a mulher que me dera à luz. Mamãe!
Se tudo aquilo estava certo ou não, não me cabe julgar. Demorei, sofri, mas com o tempo dei a mão à palmatória e a chamei, mãe! Acreditem foi o que amainou a confusão da minha mente e abrandou a sensação de abandono que me cercava.
Dizem que mãe é aquela que cria! Concordo! No entanto, no meu caso sou agradecida, tive duas. A que me gerou e a que me criou, e sei que se pudesse a mãe que me teve em seu ventre também expressaria sua gratidão àquela que gentilmente tomou para si a sina de criar filhos que não eram de seu sangue, mas que os recebeu como se o fossem. Obrigada mamães, amo vocês duas.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

José Alencar


José Alencar Gomes da Silva, já na situação de ex-Vice Presidente da República Federativa do Brasil, morre aos 79 anos de idade. Há pouco passou da condição de Vice Presidente para ex. Nesse mesmo cargo por dois mandatos, foi decisivo para que se cumprissem. Simpático, alegre, antes de tudo, honesto, visionário e com credibilidade suficiente para garantir tal feito. Político sim, não no significado pejorativo, mas no real. Exerceu a arte de bem governar. As viagens do presidente em exercício fizeram valer um antigo sonho. Ser presidente. Interino por 503 dias; realizou o ensejo. Olha que foi recorde de tempo. Ninguém conseguiu, até agora, tal façanha. Esse grande homem do povo, que faz parte do povo, fechou seus olhos em definitivo para o mundo e para a vida política dia 29 de março de 2011. Mas não quero falar de sua vida como candidato ou de seu mandato, mas sim do mineiro, do homem José Alencar. Guerreiro, diga-se de passagem. Grande nacionalista, então senador federal em 1997 descobriu os primeiro tumores. Câncer. Minas Gerais, povo bom. Aí está a prova. O que não me deixa mentir! Esse ilustre mineiro de Muriaé também pode ser chamado homem de fibra, garra, sobretudo, forte. Lutou bravamente pela vida durantes os 14 anos acometido pela doença. Desde então. Viveu entre idas e vindas a hospitais, internações, cirurgias, UTIs. A quimioterapia não o abalava! Trazia fé! A certeza da recuperação. Isso fez diferença! E como fez! Resistia a tudo com uma força sobrenatural. E era! Era Deus sabendo de sua importância, precisão e exemplo aqui na terra. O grande empresário que amava a política, era também uma pessoa comum. Simples como seus compatriotas, amigos, funcionários e parentes gostam de dizer. Com seu conhecido bom humor fazia troça de tudo. Dizia, “se eu fosse doutor o Lula não teria me chamado para ser vice dele, e ele ainda me dizia, somos dois analfabetos” e ria! É; ele era um ser humano inigualável, indelével, como diria nossa Presidente Dilma. E o é, Sr. José Alencar! Inesquecível! Amável, com seu sempre aparente sorriso e frases engraçadas. Às vezes sério. Mas só às vezes. Levava tudo muito a sério. A fé em Deus lhe exalava pelos poros. Certa feita, “Deus não precisa de um câncer para me levar”! Ele sabia que existe o tempo de Deus! E agradecia! Como agradecia as bênçãos que recebia. “Pena que nem todo mundo tem a sorte de, quando doente, ter pessoas que as tratem como vocês me tratam”! Dizia. Ê José Alencar! Ele era incorrigível! Ninguém podia com ele! Tinha resposta e resolução para tudo; até mesmo para a morte, pois não a temia. Temia sim a desonra. E ele saiu de cena com ela intacta!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Aos Olhos de Deus


Bem; eu sou loira, alta, magra e de olhos verdes. É; talvez não tão alta assim, e meus olhos são castanhos claros! Como? Ah! Porque menti? Nem sei ao certo. Provavelmente por querer estar dentro dos padrões de beleza do mundo de hoje. Se esse é meu ideal? Pois é, é aí mesmo que quero chegar! O que é a beleza ideal? Como é a beleza ideal! Onde nós, seres humanos queremos chegar com esses valores fantasiosos, imaginários que de tão superficiais que com apenas um olhar nos achamos agredidos quando não são nossos impostos “padrões”. Não nos damos conta que, do que se vê hoje, amanhã pode não ser! É relativo; não permanente. O que somos? Para onde vamos? Essas perguntas sim; deveriam ditar metas, porque são ideais nossos “aos olhos de Deus”. A nossa estadia por esse planeta, maravilhoso sim, mas não eterno para nós, é curta, é como uma conexão, traslado, baldeação. Depende apenas do veículo em que se estaciona aqui, o que dá no mesmo. Uns tomam para si grande importância por desembarcarem de navio ou avião. Tolo é quem se julga superior por aqui ser abastado; o desembarque pode ser diferente de pessoa para pessoa, mas diferentemente de uma viagem normal, no embarque final, o corpo, é; aquele ao qual se dá tanta ênfase e notoriedade, acaba na mesma moradia de altas magras ou baixas e gordas, ricas ou pobres. Significância aos olhos humanos. O que dá mais significado à sua vida? Se quer enxergar além, voar mais alto, fazer a diferença, comece hoje, agora, a se policiar, resguardar seus pensamentos e andar segundo os olhos de Deus. Ele não te olha pela aparência ou opulência e abundância de bens. Ele vê seu coração, suas ações. O que há com o ser humano que está perdendo a essência, jogando fora valores como amor incondicional! Busque olhar seu semelhante pela ótica espiritual, onde o caminho leva além das fronteiras físicas; campo meramente humano. O espiritual, quando entronizado com Deus, nos leva a patamares sobrenaturais; com isso, enxergar a grandeza e imponência de ter sido presenteado com a vida. Quando se olhar no espelho não se encape com ambições e rótulos dos homens, pode não ser seu número. Descortine, dispa-se do natural e coloque suas vestes “aos olhos de Deus” e, faça o mesmo com seu semelhante porque Ele vai sim inclinar sua face para você. Como te verá?

terça-feira, 29 de março de 2011

CENTÉSIMO GOL



Quando falamos em Pelé, logo vem à nossa memória, rei do futebol. O homem dos 1000 gols e muitos outros feitos nessa área. Mas também ele trás junto de si o nome do clube que o consagrou, Santos. Se falamos em Ronaldo goleiro, sem sombra de dúvida que nos atenta a um passado recente sua trajetória no Corinthians, como o Zico lembra Flamengo, dentre outros.
Agora, quando se fala em Rogério Ceni, não tem jeito, esse nome é sinônimo de São Paulo Futebol Clube. O cara nasceu lá, desconfio. Provavelmente a primeira palavra a pronunciar! Seus pais o olharam, e ele, “SPFC”, e ainda deve ter gritado; “êêêêê”, ou, “gooooooooooooooooooooooooooooool”. Alguma coisa assim, creio eu.
No entanto, o assunto que quero abordar hoje tem a ver com o “São Paulo” sim, mas o destaque maior é ele, Rogério Ceni. Como diria o Faustão em seu domingão, “agora, mais do que nunca, o glorioso goleiro Rogério Ceni merece os parabéns pelo seu centésimo gol”. Gente, nós estamos falando de um goleiro e não de um atacante treinado para tanto e com mira certeira para estufar redes de futebol. Jogadores consagrados e até reverenciados. Estão ali para isso! Mas ele não. Ao contrário, está ali para defender seu espaço, também com redes, de serem recheadas pela bola, objeto que tem em seu currículo muitas celebridades pelo que representa. Esporte.
Pela sua conquista RC, você merece o lugar mais alto do pódio e nossos aplausos de pé. É, goleiro artilheiro, você é realmente um herói; o nosso herói. É isso mesmo, você não pertence a um só clube não, você é um representante nosso. Do Brasil. Um lutador, um vencedor, que, tenho certeza, todas as nações futebolísticas, independentemente de time, tem orgulho. Sabem o seu valor! Sabem do seu esforço, dedicação, chutes a gol em treinos exaustivos, que começaram ainda quando suas madeixas o acompanhavam. Garoto, e um já técnico, é, um tal de Muricy Ramalho, conhecem? Gritava, “no gol, no gol”. Você; obedecia! Chutava, chutava, e acertava! Rei das cobranças de falta. Precisas, certeiras, como essa que é inesquecível, a centésima. Você é o terror de seus próprios companheiros de profissão. Comemore mesmo, faça festa, você merece.
Agora, aqui, no pé do ouvido. Do que gosta mais. De defender com pulos estratégicos ou comparecer e efetuar gols deixando os goleiros loucos? Você não sabe não é! O que importa é estar no campo e ver a gorduchinha a rolar trazendo medo e satisfação. Está certo! Mas nada igual para nós do lado de cá que ver ela rolar, sair uma falta e o bravo guerreiro, que por ironia, diga-se de passagem, sair de sua defesa para chutar a gol. O futebol tem dessas coisas, ou melhor, o futebol tem Rogério Ceni São Paulo Futebol Clube. Opss! Confundi o nome.
Parabéns meu amigo. Posso chamá-lo assim não é? Você está sempre aqui na minha casa! Batedor de faltas, pênaltis; especialista, eu diria. Faz gol até com bola rolando. E as defesas! O que mais você tem para nós, súditos, que mesmo sem levantar a sua bandeira, torcem pelo seu reinado. Orgulho de uma nação inteira. Exemplo para aspirantes, desse que às vezes promove os maiores espetáculos da terra. O futebol.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Água


A Água é um composto químico formado por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Ficando então sua fórmula assim: H2O, que é uma só molécula de água. Zilhões dessas moléculas unidas formam a água doce. Claro! A água corrente que conhecemos. É, essa que sai da torneira, habita rios, lagos, lençóis freáticos e na maior parte da superfície terrestre, o mar. Nesse último como já sabemos é salgada.
Ela pode se apresentar de várias maneiras. Em estado líquido, que é o que nos vem à cabeça quando se fala dela, mas tem o estado sólido, que é o gelo, e o estado gasoso, que é a evaporação.
Água é vida. Em estado físico não vivemos sem ela. Subjetivo, é símbolo, sinônimo de purificação, limpeza, de nascer de novo. Há que se dizer, batismo!
Enfim, depois de tudo que foi dito parece que estamos muito bem abastecidos de água. No entanto, ela que é sinônimo de vida, abundância, tem dado o que falar ultimamente. Primeiro é que, como ela tem um ciclo retornável, pensava-se ser eterna. Mas não o é. Esse ciclo, bem sabemos é como aquela pergunta: “quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha”? Do estado líquido na superfície, evapora no gasoso para a atmosfera, formando nuvens que despencam de volta para a terra. Seu excesso a terra suga, vai para o lençol, o restante fica nas nossas fontes de abastecimento. Mas o danado desse vai e vem está com defeito. Parecia impossível não é mesmo?
Pois então caros amigos e amigas, temos ouvido falar muito ultimamente sobre fenômenos como efeito estufa, aquecimento global, La Niña. A saber, que, na verdade o efeito estufa é essencial para a vida na terra, pois ele é que mantém o clima favorável ao nosso bem viver, mas, como tudo tem um, mas, nesse caso é, porém; tudo que é demais atrapalha e tudo está desregulado com o desmatamento em excesso, degelo dos pólos. Desestabilizou o tão falado efeito estufa. Apareceu o que? O aquecimento global.
Gente! É o caos! Á água que é sinônimo de vida, também hoje, de morte! Como um efeito dominó, uma das conseqüências do aquecimento global! La Niña! Pelo nome parece bonitinho não é? É; isso mesmo, não é nada de bonito. É um dos causadores das catástrofes sofridos em nosso meio. Chuvas torrenciais, inundações, perdas e danos; mortes! Muitas mortes e devastação. O planeta geme enfurecido, dá sinais de cansaço e revolta. Mas não é só ele que sofre. O ser humano está sendo judiado, invadido, literalmente inundado e maltratado por essas que são reações da natureza que insistem em vir morro abaixo.
Será que tem concerto? Governo, população, fim dos tempos. Ou mais obras e menos moradia irregular? É São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e quantos mais. É no Brasil, fora dele! Tristeza, desespero! Aperta-se um botão e uma avalanche de más notícias desaba em nossos lares e mentes já tão castigadas pelo rugir do cotidiano.
“Meu filho foi soterrado ainda com a coberta que eu acabara de cobri-lo” Disse um pai. Chorei!
Água, ah essa água que tanto amamos e necessitamos. Ela nos limpa, diverte, sacia. Mas se não cuidarmos de tudo que diz respeito a ela! Ela pode nos matar tanto na escassez como no excesso. Que Deus nos ajude a entrar num acordo com ela!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Prosa da Boa


“Tarde cumpadre”
“Tarde”, responde ao outro enrolando o fumo na palha.
“Cumé que vai ino a cumadre?”
“Num ta muito bem não, gorda que só veno e ainda ta com bicho de pé”.
“Mais ocê num ta cuidano dela sô?”
“Craro que tô, eu ponhei banha de porco, quente, o bicho saiu, mas ainda dói”.
“E os porco, tão gordo? Os capado, já ta forte pra virá toicim?
“Já tão bão sim, sabia que tão vendeno toicim no mercado?
“Sei, aquele que tomém vende pão né?
“É, o pão da padaria do meu cunhado é bão tomem”.
“Fiquei sabeno que a sua irmã vai larga dele”.
“Minha irmã é muito prestimosa, ta ajudano nas obra da igreja do padre José”.
“Vai ter quermesse por esses dia, o amigo vai da prenda?”
“To pensano num quarto de bezerro”.
“Uai os pastos não tão não?”
“Tenho muito gado e só um cavalo”.
“Cavalo! Aquilo é um pangaré”.
“Pangaré é o seu que num dá conta nem de puxa uma carroça”.
“É que ela quebro as roda”.
“O Sr. Antonio, marceneiro cuncerta”.
“Aquele que fez a porcaria da minha cama? O corchão num cabe nela”.
“Na loja da esquina vende corchão de todo tamãem”.
“Na loja do candidato a vereadô?”.
“É, o primo do prefeito”.
“Político safado, meu irmão é que vai sair candidato nas próxima eleição”.
“Qual dês? O gordo caloteiro?.
“Ara sô, bora muda o rumo dessa prosa. Cume que ta a cumadre?”
Pitando o cigarro de palha ele responde: “Num ta muito bem não, gorda que só
no e ainda ta com...”.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Sem Destino


Dia lindo, mês de abril, centenas de pessoas enfileiradas subindo a bordo. Passageiros de três classes sociais, tripulação, serviçais, todos tomando seus lugares.
Um apito, a partida, o adeus. Expectativa, viagem inaugural, o maior do mundo.
A terra já se via ao longe. Aposentos luxuosos, jantares, festas, danças, drinks. Roupas finas e jóias, classe alta. Tombadilhos para passear, apreciar o céu, o mar. Divertimento, salão de jogos, de leitura, um luxo.
Atracar, seguir viagem. Segurança garantida, travessia do atlântico. Londres, Nova York. Poucas escalas, navio monumental, histórico.
Tudo na mais perfeita ordem. Noite fria, mas agradável, estrelas, lua cheia. Euforia pelo privilégio. De repente, um barulho, um tremor. Colisão, onde? Como? Iceberg.
De alegria a pavor, desespero, gritos. SOS. Objetos caindo, água entrando. Uma música incessante tocava como marcha fúnebre. Ordens do capitão, não parar. Impossível, morte iminente, pedidos de socorro, correria, salva vidas.
Tragédia. Pessoas, sobras de casco boiando. Poucos botes em direção a vida.
Gemidos fracos, choros tristes, esforço. E um silêncio mortal, águas geladas. E o que parecia impossível aconteceu.
“Foi assim meu pai, o meu sonho. Por favor, vamos deixar para conhecer a América em outra ocasião, estou com medo”.
“Elizabeth, minha filha, não se preocupe, esse transatlântico nem Deus afunda, confie em mim”. Blasfêmia.
Dois dias depois, 12 de abril de 1912, eles embarcaram no Titanic. Sem destino.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Linha Amarela


De férias, na cidade maravilhosa, Rio de janeiro, que realmente deve-se concordar, ela é maravilhosa mesmo, uma obra de arte da natureza de Deus, estávamos meu marido, meus dois filhos e eu. Praias com suas águas geladas e de cor, ou melhor, furta-cor, hora azul, ora verde, ora cinza. Areias sem igual, finíssimas e clarinhas, parece só sal, mas é ela que se mistura com ele, é um espetáculo de lugar. Visito lá há anos e sempre que sobra tempo damos uma de turistas. O Cristo Redentor no Corcovado, Pão de Açúcar, a geografia favorece, é uma beleza.
Ao longo dos dias de diversão e deslumbramento, passeamos, visitamos, comemos, assistimos e nesse vai e vem atravessamos a cidade pra lá e pra cá. Saindo de um shopping após o almoço ouvíamos música gospel pelo rádio do carro, uma Scênic Renaut preta. Na verdade eu não canto, eu louvo ao Senhor. Linha amarela, na nossa, a caminho do hotel.
Sem que percebêssemos algo estranho à nossa volta, um homem com um Ford Tempra vinho começou a nos seguir, fazer sinal para pararmos. Não entendendo, continuamos nosso caminho. Ele, então, emparelhou seu veiculo com o nosso e gritou para pararmos. Nervosos e confusos; olhamos uns para os outros indecisos. Ele acelerou e tomou nossa dianteira nos impedindo de prosseguir. Forçados, estacionamos numa saída para bairros atrás dele, ele saiu do carro aos berros; era um homem grande, moreno, de sobretudo, nos acusando de ter batido em seu Tempra. Mesmo com a nossa negativa, ele insistia no acidente. Era meu marido quem dirigia, mas eu interpelei o homem curvando-me na janela tentando o acalmar argüindo que se tivéssemos batido no carro dele também teríamos avarias no nosso. O sujeito então, meio que rejeitando, deu a volta inteira olhando nosso carro por fora. Não encontrou nada. Não adiantou! Ele queria um culpado. Seu veículo estava amassado e nós, mesmo sem o ser, éramos culpados! A conversa foi esquentando, e de novo ele mandava que saíssemos para fora, foi se exaltando. Não aceitamos, estávamos muitos assustados e com medo. Pensei que ele tiraria uma arma do casacão tanto era sua agressividade.
“Senhor; estou aqui agora diante de Ti expondo minhas súplicas e agonia, socorre-nos Senhor, mande que Seus anjos derramem Sua paz sobre nós e sobretudo nesse homem ao qual insiste, erroneamente em nos acusar de lhe perturbar, eu lhe peço Pai, em nome de Jesus; não temos mais tempo”. Foi minha oração entregando nossas vidas nas mãos de Deus, pois lá fora o indivíduo enfurecido não arredava pé em nos acusar.
Foi sobrenatural, após meu “amém”, como se tira com a mão, a raiva da cara do moço se esvaiu e posso dizer até que ele estava sereno. Aquela pessoa que nos agredia há poucos minutos, pedia desculpas dizendo não saber o que havia acontecido com ele. Abotoou seu paletó, era julho, se dirigiu para seu carro e saiu subindo na contramão um viaduto cantando pneu, admirei e ainda pedi, Senhor proteja-o.
Nós, os quatro, nos entreolhamos aliviados e exaltamos a soberania do nosso Deus.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

É o que tem para hoje!


Quando entramos em um restaurante, logo o garçom se disponibiliza e nos dá o cardápio. Escolhemos nosso prato favorito; ou, vez ou outra algo especial ou até mesmo uma refeição exótica; mas com certeza, pela descrição do menu sabe-se o que vai comer. E aí nos fartamos de guloseimas escolhidas por nós mesmos, porque sabíamos o que a relação dos pratos nos traria. Pois é, falei de comida, escolhas e do prazer que se tem de exercer nossa liberdade de opção para decidir pelo que nos é melhor e o que mais gostamos; afinal o prato ao qual demos preferência normalmente cumpre o que promete. Agora vamos falar de um cardápio que está bem longe de, primeiramente, nos apresentar boas opções, e depois que são servidos e os ingerimos , é pior ainda. No entanto, somos obrigados a eleger um ou mais, o que, às vezes, chega nos ser nauseante. Enfim é lei! Pois é, é disso mesmo que estou falando, candidatos. As alternativas ou são sempre as mesmas, ou se outras, palhaços, oportunistas... Ah!! Tem também os “idealistas”, pois sim, se o fossem de verdade não se corromperiam. Então? O que nos resta? Democracia!!! Sim, vivemos numa, porém até quando teremos que nos subjugar a políticos “políticos”, no sentido pejorativo da palavra!!!! Sim porque essa palavra virou piada por ser sinônimo de “..................................”. Não, você não entendeu errado não e nem eu esqueci a palavra certa para definir essa espécie de gente, é isso mesmo, cada um coloque nessas aspas o adjetivo que lhe ocorrer na mente e no momento, e isso será a maior verdade, porque essa fatídica junção de letras “política”, veio da arte de governar, o que quer dizer: maneira de agir com habilidade. No entanto, não é isso que se tem conta, mas sim de que seus mantenedores, de fazer arte, no sentido literal e obscuro dela: travessura. Até onde meu Deus?!!! Então!!! Até onde, seremos obrigados a nomear, eleger, sem boas opções de escolhas e prazer como quando pegamos o cardápio em um bom restaurante e apontamos a melhor alternativa; até quando teremos que chegar às urnas, nos conformar e votar com ela nos dizendo: “É o que tem para hoje”!!!!!