terça-feira, 22 de junho de 2010

Pintas de Chocolate


Meu filho caçula sempre me perguntava por que eu tinha, e ainda as tenho, tantas pintas. Branquinha e toda pintada resolvi lhe contar:
Minha mãe estava grávida de mim, sentiu-se mal no sétimo mês. Ninguém estava preparado, foi um corre-corre, inclusive no céu.
É, por que não sei se você sabe, disse eu completando a história, quando vamos nascer, uma cegonha nos trás de lá embrulhados num pano branco, dependurados em seu bico. Mas também lá estavam desprevenidos, e eu ainda estava no caldeirão de leite, por ser branca; os negros vêm do de chocolate.
E ele com os olhinhos arregalados perguntou: “é mesmo?”. E eu, é verdade. E continuei, então apavorados com a pressa me deixaram cair no caldeirão de chocolate, me puxaram rapidinho, foi tarde, fiquei toda manchada. E isso.
“Ah! Não estou acreditando!” Disse ele, “também sou cheio de pintas e não me lembro de nada disso”. Hora rapazinho, é que as mulheres têm uma memória melhor para bobeiras, disse eu . “Então é tudo mentira?” Perguntou ele.
Não sei, só sei que nasci mesmo de 7 meses e tirei minhas conclusões. No resto fica a seu critério, se acredita ou não. Saí sorrindo deixando-o absorto em seus pensamentos.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Começo do Fim?


E Deus criou a terra e tudo que nela há! À Sua imagem e semelhança criou o homem e o plantou na terra para nela frutificar e comandar. Ao se multiplicar o homem a povoou em obediência, bem, nem tanto assim. Pela desobediência Deus teve que dizimar povos poupando penas número suficiente para um novo recomeço. Civilizações vieram, foram; guerras foram travadas, leis estabelecidas, profetas divulgavam que o mundo como estava tinha prazo de validade. Ainda assim grandes civilizações sucumbiam. Ganância, poder. Homens! Feitos com acordo de fazerem o bem; teimam em seguir seu rumo sem seu mentor.
O Senhor não desistiu de Sua mais importante criação e sempre informando sobre os tempos vindouros. A terra cada dia mais povoada e mais cética. Mais guerras! Quanta tristeza! Então Deus levantou Sua mão e mandou um salvador para detentores de um lugar lindo e habitável. Incrédulos! Mataram-no. No entanto seguiu-se daí uma mudança e novos avisos para melhorarmos a relação com Ele, e de que o fim estava próximo. Próximo com o tempo Dele não o nosso. Enfim, sem mais uma vez dar ouvidos continuamos nossa destruição, e como sangue sugas colocamos um canudo na jugular do planeta feito para nós e o sugamos como um bebê suga o seio da mãe, que por natureza volta a se encher, não é isso que acontecerá em nosso habitat.
Com movimentos de rotação e translação o tempo foi passando, o desenvolvimento chegando; ainda mais guerras! Inventou-se a roda e o “boom”, automóvel, eletricidade, rádio, TV, o homem foi à lua, máquina de lavar, e finalmente computador. Crescimento acelerado, muito acelerado. Continuamos sugando o planeta. Tive medo de sugarmos também sua órbita. Foguetes, satélites, nessa mesma órbita que outrora contemplada daqui de baixo.
O crescimento foi tão grande que de cidades à megalópoles, capitais em plena atividade, gente por todos os lados, saindo pelo ladrão. Se olhássemos de cima veríamos o PAC “Programa de Aceleração do Crescimento” em ação. Uma luz acesa aqui, outra ali e mais outra lá. Sem parar! No entanto o povo ainda sem levar em conta que nossos dias estavam contados. O tempo é implacável! Agora se olharmos de cima de novo, veremos luzes se apagando aqui, ali e lá. Realmente não estamos dando conta, a terra também não! Ela geme, sofre com perdas e danos. E nós? Até onde iremos? Acho que não mais muito longe, estamos tendo poucos filhos; difícil criá-los, sustentá-los. As cidades já chegaram ao ápice, agora estão em regressão, falindo seu sustento, engolindo seu próprio comércio. O que será de nós? Gênova e Veneza? Caminho das índias? Retrocesso, trocar arroz por feijão! O fim está próximo, se não da terra, o nosso. Mais uma civilização que se vai? Não, acho que não. Agora é pra valer, prazo de validade vencido.
“Lembra-te do teu criador, não perca mais tempo, antes que venham os maus dias.” Ecl:12-1.