segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Crônica Interativa


Escreva seu nome antes de lê-la.


..................................................., quando o sol nasce e invade seu jardim, vai até sua casa, bate à janela de seu quarto tentando entrar; fechada, se embrenha entre frestas até te acordar. Ele se orgulha de iluminar a mais perfeita criatura, imagem e semelhança do criador! Acaricia sua pele, dá calor, envolve seu corpo anunciando um novo dia.
Cada dia que nasce para nós, é presente, não importa se chove ou faz sol. Deve ser vivido intensamente como se fosse o único, um de cada vez. Tenho certeza, você resgatará em si a essência de ser feliz.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Destino ou Guiada pela fé


Numa maternidade uma mãe procura pelo choro do fruto de seu ventre, mas esse, se calou pelo destino. Virou anjo ao nascer.
Nesse mesmo berçário ouve-se um som, um pequeno gemido que clama pelo seio, pelo colo da mulher que lhe deu a luz. Abandonado, quase lhe secaram as lágrimas.
Quis a fatalidade, de um lado e de outro, unir maternalmente a que perdeu ao filho da outra que se deixou perder.
A adoção se deu. Mãe de coração, de alma, de ligação. Perfeita combinação. Mãe por opção.
Menina bonita cresce. Pele alva como a neve, cabelos negros como a noite. Lábios rubros, olhos inocentes, gestos finos. Ares de princesa. Será? A delicadeza é seu charme, sua natureza.
Com a beleza desabrochada é enganada, iludida. Mãe independente. Filho querido, amado. Avós genuínos. Herança, mesmo fardo da “ligada” pelo sangue, gesto não. É o que se cogita de alguém sem afeto, nem compaixão.
Com ela um rapaz se encanta. Já com o casamento dissolvido e com uma filha do enlace, se unem. A família recheada se estabelece.
Mas a despeito da primeira união dele, essa também padece por falta de harmonia e fé no “comandante” Supremo.
Branca de Neve sofre. Quer o destino vê-la infeliz? Não! Ele não tem direitos sobre a nossa caminhada quando tomamos a própria “direção”. O “sentido” muda, fortalece.
Na junção, que estava enfraquecida, do “meu”, do “seu”, veio o “nosso”. O prumo é restabelecido, firmado, fincado na vertical sem pender com a “Torre de Pizza”.
Nos dias corridos, o terremoto da vida balança, chacoalha a relação, então, no dia seguinte, levantam, reformam, reconstroem, fazem adaptações. Mas só quando a “base” for refeita a construção nunca mais tombará.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ação que Exige Reação


Calçadão. Comprido, cheio de lojas. Movimentado. No centro de uma grande cidade. Um vai, e vem. Pessoas de toda ordem e cor.
No meio, bem no meio, uma faixa, como um corredor. É para cegos. Indicador.
E lá eles passam; todos os dias, com suas bengalas. Ondulados.
De uma loja, uma balconista observa, tem dó, compaixão. E para tristeza e dor, vê um jovem implicando com um fiel passador. Puxa bengala, chuta, empurra. Rouba os óculos, escuros, disfarce. O velhinho se exalta. Embaraçado. Falta amor.
A moça vai em socorro: “o senhor está bem?” Pergunta. “Estou”, responde. Constrangedor.
Virou uma constante do garoto gozador. Os amigos riam. Ponto de ônibus escolar, os pais não estavam lá.
A balconista incomodada resolveu apelar, da mesma forma com ele zoar.
Pegou o rapazinho, vendou seus olhos, e o fez todo o trajeto caminhar. Todo o mundo parou, para assistir ao show. Palmas, assobio, gozação.
Envergonhado, arrependido, ali nunca mais voltou.
Divulgado o tropeço, a justiceira com um vereador conversou. Fez um relatório, uma emenda. Ele aprovou:
Para respeito e ordem: - Ladrão trabalhará na cadeia para pagar o roubo.
- Assassino pagará pensão à família da vítima.
- Corruptos devolverão o dinheiro com juros.
- Espancadores, estupradores, bem, terão o que merecem.
- Caloteiros, pagarão o dobro.
- ....
Enfim, uma reação com justiça.
(Ficção, lógico. Seria melhor se não existisse esse tipo de ação).

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A União Faz a Força

Alta, robusta, engraçada e carismática. Essa era uma grande amiga da faculdade. Três filhos, todos tal qual pai e mãe, corpulentos.
Com a família já definida os dois resolvem que já era hora de “fechar a fábrica”. Ele se dispõe, faz vasectomia. Tranqüilidade, ato sem medo.
Meses após “recolhimento”, minha amiga teve uma notícia pra lá de estranha, estava de “barriga”. Confabulou comigo; assustada, constrangida, “o que ele vai achar disso?”.
Aconselhada a abrir o “jogo”, ela conversa sério com o marido. E o que temia aconteceu. Desconfiança, mau juízo. Pudera! Há de se entender, situação difícil. Mas não era pra tanto! Pediu o divórcio. Nem o médico com o seu “pode acontecer” ajudou.
Tempo sofrido de geração. Largada e apontada, olhares de reprovação. A tristeza não a abateu. Com cabeça erguida deu a luz a uma menina, robusta, “farinha do mesmo saco”, também tal e qual aos pais, ou melhor, a cara do pai.
Envergonhado; perdoado, se reúne aos seus como “grande” família que eram.
A pequenina se desenvolve normalmente até a fase de andar, mas não foi o que sucedeu. Paralisia nos membros inferiores. Nascença. Tudo desabou! Castigo? Culpa? Tensão, acusações, desnorteio! Não levou a nada! Andador, cadeira de rodas.
Orientados e pacíficos, o amor voltou a reinar. Com fé e fisioterapia a chance é grande dela se curar. E isso sim foi o que aconteceu. Agora bonita a andar por aí.

sábado, 7 de novembro de 2009

César

Bonito, esbelto, com saúde, assim ele era. Mas um garoto inconseqüente.
Jovem, a vida toda pela frente, resolveu experimentar essa coisa que chamam de droga. “Com a maconha me dei bem” dizia ele, “flui, eu flutuo com ela. Agora quero cigarro, bebida. Voltar? Nem pensar! Que droga e essa, quero mais!”
Cocaína, heroína, dinheiro para comprar. Assalto; mão armada, gangue, turminha para roubar!
Foi crescendo e aquilo o absorvendo. PCC. Membro, facção criminosa. Sem limite. Virou bandido!
Corroído por dentro, magro, enfraquecido, queria mais!
Sinal vermelho, perigo. Corpo sem forças, cedendo. E ele, queria mais!
Porta de uma igreja, roubo iminente, o pastor tranca seu carro e adentra o templo. Curto circuito na ligação direta. Várias tentativas e o outro meliante alerta, “vamos embora, ele está protegido por Deus”. César, como uma flecha que acerta o alvo, senti o peso da palavra Deus. E Ele o encontrou e tocou no momento certo!
Paranóico, sofrido, assustado, resolveu se dar uma chance; aceitou o convite de visitar a casa de Deus com seus empregadores fiéis a Cristo.
Lá, em meio aos jovens, ainda era tempo. Na bíblia de um membro e novo amigo, a revelação, a descoberta, o caminho para a liberdade e salvação.
Em seu batismo houve uma festa no céu.
Não venceu a guerra, mas a batalha de sua vida, essa ele venceu, e recebeu uma vida nova, Aleluia!!!!!!!!!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A TV


Mal necessário? Não devemos chamá-la assim. Como tudo na vida, ela também tem seus prós e contras.
Vejamos alguns prós: entretenimento, diversão, companhia, cultura. Benfeitorias que essa caixa de imagens falantes nos trás através de programas, novelas, shows. Conhecemos o mundo sem sair de casa, apenas com o apertar de um botão. É um grande incentivo à nossa imaginação.
Mas, e os contras: na verdade o aparelho não tem culpa, mas estão sempre exibindo nele, programas indevidos, imagens indecentes, notícias tristes, que não deveriam existir, mas é fato. Divisão na família, quando cada qual com a sua no quarto, aí falta diálogo. Precisamos melhorar essa condição, selecionar.
Qualquer tamanho, qualquer marca, nos trás notícias, ao vivo. Seja do Brasil ou do mundo. Essas que nos fazem tristes ou alegres, como esportes, comemorações. Guerras. Enfim, grandes acontecimentos. Mantêm-nos sempre informados.
Lembro-me quando a vi pela primeira vez, era em branco e preto. Eu era criança, por volta dos 7 anos, cidade pequena. Foi na casa de uma vizinha. Fiquei boquiaberta.
Logo meu pai comprou uma, fomos o terceiro na cidade a possuir uma. “Um cinema em casa”, dizia eu. As imagens não eram boas, os programas se repetiam e sempre saía fora do ar. Mas valia a pena, através dela conhecíamos, ficávamos íntimos de atores, lugares distantes. Tudo ao nosso alcance. Fantástico.
Virava um evento quando a ligávamos. Tanto que era difícil arrumar um lugar para assisti-la. Curiosos, os vizinhos impinhocavam a sala, as janelas e porta. Eu não achava ruim, era divertimento afinal.
Anos mais tarde, chegou a colorida. Sem palavras! Imagens perfeitas, já faziam parte da família.
Atualmente, comum, mas importante. Lugar reservado, e cada dia mais evoluída. Não sei onde vai parar, talvez cheiro, comunicação direta, o futuro revelará.
Ainda há dúvidas desse “mal necessário”, desse aparelho de prós e contras. Contudo, não vivemos sem ela, a TV.

domingo, 1 de novembro de 2009

Guerra Interna

“O Rio de Janeiro continua lindo.....”, será que continua mesmo? Vamos colocar os pingos nos is. Quem nunca ouviu ou falou, “fulano de tal é muito bonito, mas quando se chega perto ou convive, sua beleza se torna supérflua, a expectativa morre”. Ninguém vive de aparências, a beleza não é só para se contemplar, temos que vivê-la, tocá-la, usufruir dela.
É; a natureza foi bem generosa com o Rio, mas nós, seres humanos estamos fazendo o mesmo? Não. Não estamos. Em meio às esculturas naturais, sol, céu azul, verde das matas; o balanço do mar já não encanta tanto. O medo, a revolta, a insegurança esta tomando conta desse lugar, antes palco de paisagens encantadoras. O barulho de tiros, os gritos de pavor, a correria e a falta de sossego estão abrindo passagem e tomando frente ao barulhinho das ondas do mar, os gritinhos e corridinhas pela água gelada.
O Cristo Redentor com seus braços abertos já estão a ponto de fechá-los, e com suas mãos tapar seus ouvidos e olhos por tantos tiros e desassossego. O Pão de Açúcar ficará amargo meio a tanta matança e destruição. O Corcovado se envergará mais e mais até ao chão se prostrar implorando paz. Zona Norte, Zona Sul. Copacabana, Ipanema, Leblon. O que dizer do Maracanã; serão jogos ou arena de gladiadores? Que teremos em fim? Tem a resistência, claro! Mas é preciso mais, mais para amenizar, não, acabar, extinguir tanta violência. Precisamos de todos, mas principalmente de você morador e amante dessa cidade que perderá em breve o título de cidade maravilhosa se não for dado um basta a essa escória de traficantes que promovem com isso o crescimento de favelas e favelados que de inocentes a bandidos; erva daninha que crescem em meio à sociedade mal representada, desvirtuando e tolhendo a vontade própria dos mais fracos e desprovidos. Depende sim de vocês, depende de nós, não se vende onde não se compre, só quando pararmos de consumir é que pararão de produzir, fornecer; essa é a maior arma. Lutem enquanto é tempo. Barra da Tijuca não é refúgio; enfrentar é o melhor abrigo, erradicar é o certo a fazer, essa guerra é interna. E não só de soldados armados em campo de batalha, estamos no meio dela. Bala perdida, bala certeira. População, policiais e bandidos todos perdemos, e na verdade quem ganha é só o inimigo comum, a droga.