domingo, 1 de novembro de 2009

Guerra Interna

“O Rio de Janeiro continua lindo.....”, será que continua mesmo? Vamos colocar os pingos nos is. Quem nunca ouviu ou falou, “fulano de tal é muito bonito, mas quando se chega perto ou convive, sua beleza se torna supérflua, a expectativa morre”. Ninguém vive de aparências, a beleza não é só para se contemplar, temos que vivê-la, tocá-la, usufruir dela.
É; a natureza foi bem generosa com o Rio, mas nós, seres humanos estamos fazendo o mesmo? Não. Não estamos. Em meio às esculturas naturais, sol, céu azul, verde das matas; o balanço do mar já não encanta tanto. O medo, a revolta, a insegurança esta tomando conta desse lugar, antes palco de paisagens encantadoras. O barulho de tiros, os gritos de pavor, a correria e a falta de sossego estão abrindo passagem e tomando frente ao barulhinho das ondas do mar, os gritinhos e corridinhas pela água gelada.
O Cristo Redentor com seus braços abertos já estão a ponto de fechá-los, e com suas mãos tapar seus ouvidos e olhos por tantos tiros e desassossego. O Pão de Açúcar ficará amargo meio a tanta matança e destruição. O Corcovado se envergará mais e mais até ao chão se prostrar implorando paz. Zona Norte, Zona Sul. Copacabana, Ipanema, Leblon. O que dizer do Maracanã; serão jogos ou arena de gladiadores? Que teremos em fim? Tem a resistência, claro! Mas é preciso mais, mais para amenizar, não, acabar, extinguir tanta violência. Precisamos de todos, mas principalmente de você morador e amante dessa cidade que perderá em breve o título de cidade maravilhosa se não for dado um basta a essa escória de traficantes que promovem com isso o crescimento de favelas e favelados que de inocentes a bandidos; erva daninha que crescem em meio à sociedade mal representada, desvirtuando e tolhendo a vontade própria dos mais fracos e desprovidos. Depende sim de vocês, depende de nós, não se vende onde não se compre, só quando pararmos de consumir é que pararão de produzir, fornecer; essa é a maior arma. Lutem enquanto é tempo. Barra da Tijuca não é refúgio; enfrentar é o melhor abrigo, erradicar é o certo a fazer, essa guerra é interna. E não só de soldados armados em campo de batalha, estamos no meio dela. Bala perdida, bala certeira. População, policiais e bandidos todos perdemos, e na verdade quem ganha é só o inimigo comum, a droga.

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