quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A União Faz a Força

Alta, robusta, engraçada e carismática. Essa era uma grande amiga da faculdade. Três filhos, todos tal qual pai e mãe, corpulentos.
Com a família já definida os dois resolvem que já era hora de “fechar a fábrica”. Ele se dispõe, faz vasectomia. Tranqüilidade, ato sem medo.
Meses após “recolhimento”, minha amiga teve uma notícia pra lá de estranha, estava de “barriga”. Confabulou comigo; assustada, constrangida, “o que ele vai achar disso?”.
Aconselhada a abrir o “jogo”, ela conversa sério com o marido. E o que temia aconteceu. Desconfiança, mau juízo. Pudera! Há de se entender, situação difícil. Mas não era pra tanto! Pediu o divórcio. Nem o médico com o seu “pode acontecer” ajudou.
Tempo sofrido de geração. Largada e apontada, olhares de reprovação. A tristeza não a abateu. Com cabeça erguida deu a luz a uma menina, robusta, “farinha do mesmo saco”, também tal e qual aos pais, ou melhor, a cara do pai.
Envergonhado; perdoado, se reúne aos seus como “grande” família que eram.
A pequenina se desenvolve normalmente até a fase de andar, mas não foi o que sucedeu. Paralisia nos membros inferiores. Nascença. Tudo desabou! Castigo? Culpa? Tensão, acusações, desnorteio! Não levou a nada! Andador, cadeira de rodas.
Orientados e pacíficos, o amor voltou a reinar. Com fé e fisioterapia a chance é grande dela se curar. E isso sim foi o que aconteceu. Agora bonita a andar por aí.

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