segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Destino ou Guiada pela fé


Numa maternidade uma mãe procura pelo choro do fruto de seu ventre, mas esse, se calou pelo destino. Virou anjo ao nascer.
Nesse mesmo berçário ouve-se um som, um pequeno gemido que clama pelo seio, pelo colo da mulher que lhe deu a luz. Abandonado, quase lhe secaram as lágrimas.
Quis a fatalidade, de um lado e de outro, unir maternalmente a que perdeu ao filho da outra que se deixou perder.
A adoção se deu. Mãe de coração, de alma, de ligação. Perfeita combinação. Mãe por opção.
Menina bonita cresce. Pele alva como a neve, cabelos negros como a noite. Lábios rubros, olhos inocentes, gestos finos. Ares de princesa. Será? A delicadeza é seu charme, sua natureza.
Com a beleza desabrochada é enganada, iludida. Mãe independente. Filho querido, amado. Avós genuínos. Herança, mesmo fardo da “ligada” pelo sangue, gesto não. É o que se cogita de alguém sem afeto, nem compaixão.
Com ela um rapaz se encanta. Já com o casamento dissolvido e com uma filha do enlace, se unem. A família recheada se estabelece.
Mas a despeito da primeira união dele, essa também padece por falta de harmonia e fé no “comandante” Supremo.
Branca de Neve sofre. Quer o destino vê-la infeliz? Não! Ele não tem direitos sobre a nossa caminhada quando tomamos a própria “direção”. O “sentido” muda, fortalece.
Na junção, que estava enfraquecida, do “meu”, do “seu”, veio o “nosso”. O prumo é restabelecido, firmado, fincado na vertical sem pender com a “Torre de Pizza”.
Nos dias corridos, o terremoto da vida balança, chacoalha a relação, então, no dia seguinte, levantam, reformam, reconstroem, fazem adaptações. Mas só quando a “base” for refeita a construção nunca mais tombará.

Um comentário:

  1. Que coisa mais linda De..
    Nossa como me emociono ao ler suas cronicas,viro ate gente grande e meio de tantas liçoes de vida!!!
    Estou com voce quando larçar o SEU livro!!!
    Bejo Bejo
    Aline Franco

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