segunda-feira, 11 de abril de 2011

José Alencar


José Alencar Gomes da Silva, já na situação de ex-Vice Presidente da República Federativa do Brasil, morre aos 79 anos de idade. Há pouco passou da condição de Vice Presidente para ex. Nesse mesmo cargo por dois mandatos, foi decisivo para que se cumprissem. Simpático, alegre, antes de tudo, honesto, visionário e com credibilidade suficiente para garantir tal feito. Político sim, não no significado pejorativo, mas no real. Exerceu a arte de bem governar. As viagens do presidente em exercício fizeram valer um antigo sonho. Ser presidente. Interino por 503 dias; realizou o ensejo. Olha que foi recorde de tempo. Ninguém conseguiu, até agora, tal façanha. Esse grande homem do povo, que faz parte do povo, fechou seus olhos em definitivo para o mundo e para a vida política dia 29 de março de 2011. Mas não quero falar de sua vida como candidato ou de seu mandato, mas sim do mineiro, do homem José Alencar. Guerreiro, diga-se de passagem. Grande nacionalista, então senador federal em 1997 descobriu os primeiro tumores. Câncer. Minas Gerais, povo bom. Aí está a prova. O que não me deixa mentir! Esse ilustre mineiro de Muriaé também pode ser chamado homem de fibra, garra, sobretudo, forte. Lutou bravamente pela vida durantes os 14 anos acometido pela doença. Desde então. Viveu entre idas e vindas a hospitais, internações, cirurgias, UTIs. A quimioterapia não o abalava! Trazia fé! A certeza da recuperação. Isso fez diferença! E como fez! Resistia a tudo com uma força sobrenatural. E era! Era Deus sabendo de sua importância, precisão e exemplo aqui na terra. O grande empresário que amava a política, era também uma pessoa comum. Simples como seus compatriotas, amigos, funcionários e parentes gostam de dizer. Com seu conhecido bom humor fazia troça de tudo. Dizia, “se eu fosse doutor o Lula não teria me chamado para ser vice dele, e ele ainda me dizia, somos dois analfabetos” e ria! É; ele era um ser humano inigualável, indelével, como diria nossa Presidente Dilma. E o é, Sr. José Alencar! Inesquecível! Amável, com seu sempre aparente sorriso e frases engraçadas. Às vezes sério. Mas só às vezes. Levava tudo muito a sério. A fé em Deus lhe exalava pelos poros. Certa feita, “Deus não precisa de um câncer para me levar”! Ele sabia que existe o tempo de Deus! E agradecia! Como agradecia as bênçãos que recebia. “Pena que nem todo mundo tem a sorte de, quando doente, ter pessoas que as tratem como vocês me tratam”! Dizia. Ê José Alencar! Ele era incorrigível! Ninguém podia com ele! Tinha resposta e resolução para tudo; até mesmo para a morte, pois não a temia. Temia sim a desonra. E ele saiu de cena com ela intacta!

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