terça-feira, 17 de maio de 2011

Bullying



O sol estava quente que até atordoava meus pensamentos, esses já avariados pelos últimos acontecimentos escolares sofridos pelo meu filho, o bullying. Palavra difícil que me fez pesquisar para me interar melhor de seu significado. De origem inglesa, quer dizer, usar de força ou poder para intimidar. Mas eu designo de maneira diferente; ignorância.
Uma hora da tarde, todos os dias levo meu filho de doze anos até a escola. Estadual, não tenho renda suficiente para o estudo particular. Mas acredito que não faria diferença alguma. Juventude, adolescência, “aborrecência”. Falta de amor, respeito pelo próximo agora tem nome. É, por que agora tudo é permitido por se estar jovem? Talvez, “burrecência”, só falta o coice para se transformarem em animais por tamanha violência. Pela complacência de pais e educadores, que por vontade própria ou impedidos por ordens superiores, de educarem seres permissivos.
Meu filho está com medo, com pavor, literalmente, de ir para o lugar onde deveria se sentir seguro. Se é investimento para o futuro, onde vamos chegar assim! O meu menino tem de ser levado, empurrado, para a escola. E quantos mais! Cheguei a pensar, será que esse sol que nos cobre está fritando o cérebro dos seres que deveriam ser humanos? O buraco na camada de ozônio está permitindo a entrada do raio ultravioleta na terra mais que o normal e está afetando os sentidos dos racionais. Será que é isso? Não é possível que pessoas em seu estado consciente possam tratar, ou melhor, maltratar seu semelhante com tanto descaso, numa corrente de tortura física e psicológica sem dar atenção a danos e traumas imediatos e vindouros em seu íntimo? É, e dos próprios também, provavelmente.
Esse fenômeno de ordem e natureza social e moral que vem se alastrando pela sociedade como rastilho de pólvora, está desestruturando crianças, por que é isso que elas são. Não passam de crianças mal educadas, mimadas que querem inadequadamente, claro, dominar, manipular outras que, menores ainda que elas mesmas se subjugam. Gente miúda, indefesa, submissa que se entrega por não ter força suficiente para lutar contra implicâncias infundadas. Exclusão, zoação, e apelidos pejorativos tornando-as mais intimidadas e com a auto-estima mais baixa do que carregam consigo.
O meu e o filho de outras pessoas sofrem, e muitos ainda irão sofrer se não dermos um basta, e agora, nessa reação vergonhosa e sem precedentes contra meninos e meninas que um dia adultos, podem desenvolver problemas psicológicos, bem como vingança e até, que Deus nos livre, suicídio. Quando não é precedido de homicídio. Não é exagero não. Estamos vendo aí, a toda hora na TV. Talvez enxerguemos como filmes de terror ou ficção que não nos alcança. Mas está chegando perto, cada dia mais perto. É real, muito real. Quando se vê através de uma telinha, por mais comovidos que fiquemos; não nos atinge. Não é com os nossos. Não nos atinge. Mas, se belisque! É; junte seus dedos e torça sua pele para ver como doe. É assim e muito pior com os que suportam, e não suportam mais os atingidos por esta casta de pretensiosas “crianças”.
“Brincadeiras da idade”. Não! Onde estão as de pique bandeira, esconde esconde,rodinha, passa anel, da infância desses adultos que teimam em não corrigir esse desatino. Essas sim são da idade. Como será o futuro! Ao caminhar assim, esses abusadores de hoje serão o que amanhã! Os abusados problemáticos! Resta-nos temer pelo futuro. Que no mínimo, incerto!

Um comentário:

  1. Dificil mesmo falar sobre isso, afinal eu jamais concordo que sejam usados apelidos e brincadeiras para diminuir os outros. As pessoas de umas décadas para cá, esqueceram como tratar seu semelhante e respeitá-lo.
    Beijoaks elis!!!!!!!!

    ResponderExcluir