terça-feira, 27 de julho de 2010

O Melhor está por vir!


Uma menina, uma moça, uma mulher como num sonho se vê caminhando numa rua reluzente envolta de campos verdejantes com lírios que balouçavam suavemente. À sua volta uma multidão que como ela caminhava sem pressa; sem entender bem o que estava acontecendo, ela anda de costas, de frente, de lado admirando tudo e todos; olha para cima, olha para baixo, e também dos lados; pessoas brancas, negras, pardas; vermelhas ou amarelas, não importava, eram todos como irmãos. Ela andava e andava.
Num dado momento avistou um portal, enorme! Pedras preciosas o adornavam como jóias. Adentrando, ela o contemplava espantada com sua beleza e imponência, na sua ingenuidade queria parar, ver; era lindo! Mas tinha que continuar! E caminhou, e caminhou e então entendeu; as ruas eram de ouro! “Onde estou?” Pensou! O ar que era de uma pureza irresistível permitiu-a fluir. Borboletas que brilhavam como rubis, diamantes, esmeraldas pincelavam-na pousando em seus braços com carinho e agrado; beija flores furta cores, com seus maravilhosos vôos tremulavam suas asas beijavam-na qual uma flor, tão doce era. Encantada, ela ainda caminhava, seu andar era tão leve que saltitava, seus olhos alegres exprimiam seu sorriso tamanha era a felicidade.
Na caminhada viu que a estrada era longa, mas se sentia muito bem! Era tão bem que o próprio amor não explicaria! “Quem serão essas pessoas!” Pensou e logo perguntou: “para onde estamos indo?” No entanto, assustada cobriu a boca com as mãos, de seus lábios nem uma palavra, mas música fluía dali. Olhou para as pessoas ao seu redor e de novo falou: “há quanto tempo estamos aqui?” Todos a olharam encantados e distribuindo sorrisos, a música se manifestara outra vez como a um instrumento afinadíssimo; as palavras que pensara pronunciar eram só em sua mente, o som, de seu Espírito! O tempo já não importava; os dias não eram mais contados.
Na ansiedade de chegar à luz que via ao longe, saltitava como a um anjo quando quer voar. Lei e ordem eram palavras chaves, tudo a seu tempo. E realmente era tudo perfeito e feliz. E ela! Caminhava, caminhava! Era chegada sua hora! Seu semblante em harmonia e em paz com seu “corpo” regozijava de emoção. Pacificamente se colocou na primeira fila, um Ser de natureza brilhante pegou em suas mãos delicadamente e a conduziu até a luz que ofuscava seus olhos, e Ele a alumiou, e Dele resplandecia glória, então Ele a chamou; “Francisca, minha filhinha querida”, e ela “Papai”. Foi um longo abraço! Olhando-a de frente, Deus enxugou-lhe uma lágrima e disse: “não chores mais, preparei para ti uma morada; conduza-se aos louvores, logo será servido o banquete, você ceiará comigo e Eu com você!”
Ela então, cantarolando e esquentando a voz, tomou seu lugar de honra.
Foi assim, com júbilo e ao som de trombetas que nossa irmã entrou no céu!

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