segunda-feira, 7 de maio de 2012

Enchente no 6º andar

               As férias estavam ainda pela metade. Curitiba, em vias de agradecer por mais um ano de vida! Reuni meus dois filhos que lá residem em um apartamento, suas namoradas, meu marido e fomos a um restaurante de massas. Gostoso, famoso. Chic mesmo, muito bom!
                Conversa vai, conversa vem, é servido a entrada e minutos depois o prato principal que degustávamos com prazer. Em meio ao deleite da pasta toca o celular do meu filho mais velho, que se esqueceu de desligar. Ainda bem! Com a seguinte mensagem, “Rodolfo, volte para seu AP o mais rápido possível, porque o prédio está um caos e parece que o motivo para tal está saindo dele. Tem água por todos os lados”. 
                O semblante do Rodolfo colocou todos nós em alerta. Logo que contou o ocorrido pensei, “que exagero. Deve ser um vazamentozinho”!
                Acabamos de almoçar meio que “pra boca e pro nariz” e sem tanta graça nos dirigimos ao prédio que se situa numa área nobre de Curitiba.
                Logo no estacionamento já se via o alagamento! De novo veio a mim, “não deve ser isso não”! Bom. Os elevadores não estavam funcionando! E eu, “será”? Por hora restou subirmos pelas escadas. Constatei o caos! Parecia que caíra uma tromba d’água somente em cima do prédio. Tudo escuro, água por todos os lados e caindo como se dela despencasse uma cachoeira. Gente subindo, descendo no maior “convercê” sem entender o que se passava. Nós? Menos ainda!
                Sexto andar! AP 604, nosso andar, nosso AP. Provamos os dissabores dos alagamentos e enchentes que as chuvas causam nas casas que se perdem no aguaceiro! Era impensável!  As pessoas com rodos, vassouras a puxar para fora àquele líquido tão precioso que apenas se diferenciava das enxurradas pela sua limpidez, o resto era desesperador. De entrar em pânico mesmo. Foi o que aconteceu ao adentramos o imóvel! Pânico.
                A água inundara todos os cômodos sem dó nem piedade. Móveis, objetos, coisas no chão boiando como num resultado de chuvas com raios e trovões! O fato foi que, uma tampinha de um cano desativado proporcionou dias sem elevador, algumas perdas, inclusive de tempo, e muito, muito transtorno naquela fatídica tarde!
                 Vizinhos nos ajudando após socorrerem a si próprios. Rodos, vassouras emprestados, encanador, caroooooo!!! No entanto água só parou de jorrar quando ele mesmo, o Rodolfo descobriu o bendito cano na parede sem a bendita tampa, uma tampinha gente! Fechou o registro e mãos a obra! Inusitado, eu garanto!
                Mais tarde no vai e vem das escadas, os moradores reclamavam, se perguntavam o que teria acontecido para causar toda aquela confusão. Eu sem alternativa, “pois é né qual será o problema que causou todo esse tumulto e aguaceiro”? Que jeito!

Um comentário:

  1. Nossa que tragédia essa simples tampinha causou, e ai que notamos que as vezes coisas pequenas ou simples podem se tornar um enorme problema. E assim a vida também, mas como sempre aprendemos a contornar os problemas e nos tornar mais fortes e atentos. Mas o bom é que todos estavam bem e não era uma tempestade...beijoaks elis

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