Num céu límpido de profundidade infinita que azul nos transparece, o sol se põe atrás dos montes num amarelo de fogo contrastante ao fundo vermelho que seu reflexo espalha no horizonte. Some, finalizando sua ronda do lado de cá.
A terra é quem gira, claro. Mas enfim, assim nos parece. É! Como se nosso planeta fosse o centro. Egocentrismo terreno.
Esses movimentos me fascinam, mas na infância ainda mais, principalmente por um termo até hoje usado: “é o fim do mundo!” Esse lugar para mim era onde o sol se escondia. Eu achava que a terra era quadrada. Se fossemos até lá, veríamos o fim de tudo, como quando se olha da beira de um penhasco. Não se veria mais nada. Ui! Sentia até vertigem em pensar. No entanto era minha meta ir lá.
Ao entrar na escola, naquela época só se integrava às escolas aos 7 anos de idade, me decepcionei. Descobri que a terra era redonda, se seguíssemos a rota do sol, voltaríamos ao ponto de partida. Minha teoria evaporou. “E onde é o fim do mundo então?” Indagava. Os adultos respondiam: “não sei onde, nem quando”. “Ainda tem, quando”, insistia eu curiosa, e nada, ninguém sabia me responder.
Logo que aprendi ler escrever, pesquisei, procurei. E baseado em meus “estudos”, cheguei a uma conclusão: a terra nunca se exterminará, o sistema é perfeito. Mas o fim do mundo chegará para cada um de nós no momento em que morrermos. Assim, constatei que essa, era a verdadeira reposta para a minha insistente pergunta. O resto era só uma expressão utilizada para uma situação absurda.
Não importa, afinal, um dia terei o meu tão procurado “fim do mundo”, só não sei onde e nem quando.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
O Fim do Mundo
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