quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Marcas do Tempo


Por volta dos 25 anos começam aparecer. Cedo. Finas. Vão se instalando. Em paralelo. Linhas. Logo abaixo dos olhos, rugas. É nossa pele se deteriorando.
Vem devagar, uma aqui, outra ali. Dos dois lados, igualmente distribuídas, sem pedir licença, para o desespero de todos.
Rosto, pescoço, mãos e finalmente o resto do corpo. É a beleza e a juventude ficando para traz, dando lugar à maturidade, a sabedoria que só o tempo percorrido nos dá.
Quando jovens, somos fúteis, materialistas. Pensamos ser, ter a fonte. Mas elas vêm. Como se dissessem: “o relógio não para. O tempo passou”. “Não vou mais olhar no espelho”, muitos dizem. Não adianta está na cara, não no reflexo. Segui conosco, anda conosco. Lembrança.
Umas tentam driblar, esconder. Plástica. Também não adianta, é só pele, físico. Os anos não são tirados com bisturis.
Deixem-nas, que nos acompanhem. É “sinal” de vida. Estão em paralelo sim, mas acompanhando nossa história. Afinal começamos a envelhecer no dia em que nascemos. Não com elas. Apenas fazem parte das marcas do tempo vivido, explorado por nós. Quem não as tem é por que já se foi.
Vamos cumprir nossa missão e viver cada momento escrito por elas.

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