quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Enchentes

O sistema é perfeito; a água sobe e desce, mas com o calor há mais evaporação, as partículas se unem lá nos céus transformando-se em nuvens que carregadas caem de novo em terra, irrigando plantações, enchendo de novo os rios para que não nos falte água, indispensável a qualquer ser vivente; é um ciclo que em convivência com outras ações da natureza nos permite viver em harmonia.
Pois é, é assim que tem que ser ou, pelo menos deveria ser, mas a ação do homem está indo de encontro com essa natureza que foi feita para nos servir, mas que tem sua potencia e deve ser respeitada. Aquecimento global, o famoso “Efeito Estufa”, o próprio asfalto que impede a terra de fazer seu trabalho, um dos que lhe foi designada, sugar o excesso de água no ciclo; desmatamentos, faces inclinadas de montanhas, criadas por construções de estradas, rodovias e até para expansão de cidades, e aí o pior deles, moradores que se instalam em ribanceiras por falta de opção de moradia e de assistência governamentais.
Culpa? Não ninguém falou em culpa, mas esse é um filme que se repete todos os anos na estação das chuvas; vai chegando novembro, dezembro, enfim o começo do verão e aí parece que não temos imaginação, é no Rio de Janeiro, em São Paulo; enchentes, pessoas morrendo, casas desmoronando; será que está sendo feito o possível para melhorar, sanar essa situação? Na verdade se tiver sendo feito, não está sendo o suficiente!
Novembro de 2008, um estado, considerado um dos mais prósperos do Brasil, Santa Catarina vê suas cidades inundadas por chuvas torrenciais, tempestades sem aviso prévio, e o caos está formado, 49 cidades devastadas, rios que transbordaram; casas que vieram abaixo; perdeu-se tudo, perdeu-se vidas. Um conjunto de fatores naturais e provocados pelo homem levou à calamidade pública, várias cidades de um estado que já conhecia as águas, mas não tão intensas como essas agora derramadas em seus filhos. Ouviu-se lamentos e pedidos de socorro, ouve-se choro dos que ficaram para presenciar a tristeza que se instalou e que lhes ceifou pela raiz, literalmente o chão lhes sumiu! A comoção é geral, todos querem ajudar, querem amenizar tal sofrimento. Rios de água que tentam descer em direção ao mar, sem conseguir, formam rios de lama, encharcando de lodo tudo que encontra ela frente; não respeitando casas, comercio ou se quer vidas, arrastando, afogando como quem diz, “está tudo errado”!
“Onde estão meus pertences! Onde está minha família!” É; estão desabrigados, muitos perderam tudo, outros quase tudo, o Brasil, solidário, ajuda, se comove; país grande, de gente grande, mas, com a natureza não se brinca; nada de terreno argiloso, encostas, nossas bases têm que ser firmes; deixem as chuvas caírem, mas sem nos atormentar, e, deixemos o progresso vir, mas a nosso favor!

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