Uma madame acorda, espreguiça, abre a porta janela de seu quarto, dia ensolarado. Sai à sacada que dá direto pra piscina e diz: “Ah! Passarei a manhã me bronzeando”.
Acorda os filhos, pequenos, 5 e 8 anos. Fazem o desjejum, uma alegria. Mas algo está diferente, ela descobre. A empregada não veio.
“Bem meninos teremos um dia de aventura hoje, já que estamos sós, faremos umas limpezas”, diz ela. Esvaziam gavetas, armários. Muitos papéis, revistas, jornais, uma verdadeira montanha. Então ela tem uma “grande” idéia, “vamos fazer uma fogueira”. Vão para o terreno baldio do lado esquerdo de sua grande casa.
Um divertimento, álcool, fósforo, e o fogo. Temporada de seca fugiu ao controle alastrando, consumindo tudo, a brincadeira e tudo em volta. Aumentando, aumentando. Pânico. Canequinhas de água, mangueira, e nada. A próxima residência? Cerca viva. Solução? Corpo de bombeiros.
Carro vermelho, sirene, jatos de água, Parou a rua, o bairro. Curiosos a bisbilhotar.
Controlada a façanha, o chefe a chama para dar explicações: “Preciso fazer um relatório, a senhora pode me contar como tudo começou? O que aconteceu? Por favor?”.
A madame com os filhos a tira-colo conta: “Bem, meu filho mais velho, coitadinho pôs fogo sem querer num papel e não cons...”, “espere aí mamãe, não fui eu, foi...” corta o garoto, mas ela tapou sua boca e continuou, “como eu ia dizendo, não conseguimos controlar, não teve outra saída se não acioná-los”. “Obrigado”, diz ele, “assine aqui, por favor”, “pois não”, ela assina e agradece.
O homem de uniforme se abaixa e diz para o rapazinho coincidentemente com a caixa de fósforos na mão: “Cuidado, crianças não devem brincar com fogo”, ele faz menção de falar, mas sua mãe o interrompe de novo, “obrigada senhor, tenha um bom dia”. O pequeno levou a culpa e uma bronca.
Ao entrarem em casa foi um choque, o caos havia se instalado ali, queimada por todos os lados. A mulher desnorteada fecha as portas e janelas e diz: “vou limpar só aqui dentro”, e o moleque, “espere aí mãe, porque eu levei toda a culpa?”. “Olha meu filhinho”, diz ela, “se eu contasse a verdade poderia ser presa, mas como você é criança, no máximo uma advertência, entendeu?” “Não”, responde ele insatisfeito com a explicação e pensando, “é, mas o papai vai saber a verdade”.
Mais tarde, com o espanador de pó nas mãos ela limpa o preto dos móveis, desajeitada acerta a lâmpada do spot do lavabo, cacos por todos os lados. Nervosa, atende ao telefone que teimava em tocar quando o filho mais velho grita “mãe, mãe, vem aqui”, ela, “estou cansada, não quero saber de nada”, ele continuava a berrar. Ela de conversa nem deu ouvidos. “Está bem, então não vou contar que o leite derramou e está sujando todo o fogão”, ela corre até a cozinha, era uma tragédia, tudo queimado.
Chorando, a borralheira pega os dois filhos, tranca a casa, entra no carro e vai tomar sol e passar o resto do dia na casa de sua irmã pensando, “quem mandou ela faltar, que se vire amanhã”.
Acorda os filhos, pequenos, 5 e 8 anos. Fazem o desjejum, uma alegria. Mas algo está diferente, ela descobre. A empregada não veio.
“Bem meninos teremos um dia de aventura hoje, já que estamos sós, faremos umas limpezas”, diz ela. Esvaziam gavetas, armários. Muitos papéis, revistas, jornais, uma verdadeira montanha. Então ela tem uma “grande” idéia, “vamos fazer uma fogueira”. Vão para o terreno baldio do lado esquerdo de sua grande casa.
Um divertimento, álcool, fósforo, e o fogo. Temporada de seca fugiu ao controle alastrando, consumindo tudo, a brincadeira e tudo em volta. Aumentando, aumentando. Pânico. Canequinhas de água, mangueira, e nada. A próxima residência? Cerca viva. Solução? Corpo de bombeiros.
Carro vermelho, sirene, jatos de água, Parou a rua, o bairro. Curiosos a bisbilhotar.
Controlada a façanha, o chefe a chama para dar explicações: “Preciso fazer um relatório, a senhora pode me contar como tudo começou? O que aconteceu? Por favor?”.
A madame com os filhos a tira-colo conta: “Bem, meu filho mais velho, coitadinho pôs fogo sem querer num papel e não cons...”, “espere aí mamãe, não fui eu, foi...” corta o garoto, mas ela tapou sua boca e continuou, “como eu ia dizendo, não conseguimos controlar, não teve outra saída se não acioná-los”. “Obrigado”, diz ele, “assine aqui, por favor”, “pois não”, ela assina e agradece.
O homem de uniforme se abaixa e diz para o rapazinho coincidentemente com a caixa de fósforos na mão: “Cuidado, crianças não devem brincar com fogo”, ele faz menção de falar, mas sua mãe o interrompe de novo, “obrigada senhor, tenha um bom dia”. O pequeno levou a culpa e uma bronca.
Ao entrarem em casa foi um choque, o caos havia se instalado ali, queimada por todos os lados. A mulher desnorteada fecha as portas e janelas e diz: “vou limpar só aqui dentro”, e o moleque, “espere aí mãe, porque eu levei toda a culpa?”. “Olha meu filhinho”, diz ela, “se eu contasse a verdade poderia ser presa, mas como você é criança, no máximo uma advertência, entendeu?” “Não”, responde ele insatisfeito com a explicação e pensando, “é, mas o papai vai saber a verdade”.
Mais tarde, com o espanador de pó nas mãos ela limpa o preto dos móveis, desajeitada acerta a lâmpada do spot do lavabo, cacos por todos os lados. Nervosa, atende ao telefone que teimava em tocar quando o filho mais velho grita “mãe, mãe, vem aqui”, ela, “estou cansada, não quero saber de nada”, ele continuava a berrar. Ela de conversa nem deu ouvidos. “Está bem, então não vou contar que o leite derramou e está sujando todo o fogão”, ela corre até a cozinha, era uma tragédia, tudo queimado.
Chorando, a borralheira pega os dois filhos, tranca a casa, entra no carro e vai tomar sol e passar o resto do dia na casa de sua irmã pensando, “quem mandou ela faltar, que se vire amanhã”.
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